segunda-feira, 8 de junho de 2009

Aterro receberá lixo pelo menos até o fim do mês

André Vieira
Do Diário do Grande ABC

A intensificação da coleta seletiva de lixo e o melhor aproveitamento do espaço estão oferecendo ao aterro sanitário de Santo André maior sobrevida - o que permitirá ao Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) depositar no local os resíduos sólidos coletados no município até o final do mês. Até lá, a autarquia poderá definir a data de término da vida útil do espaço.

Com a capacidade limite do empreendimento cada vez mais próxima de ser atingida, o Semasa acredita na aprovação de pedido de ampliação para não precisar terceirizar o serviço - ao custo de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos. Existem duas solicitações tramitando nos corredores de órgãos do governo do Estado. Ainda não há, no entanto, prazo definido para a apresentação de parecer sobre os processos.

A expectativa anterior, que apontava que o depósito de lixo na Cidade São Jorge atingiria o esgotamento na primeira quinzena de junho, foi suplantada em função dos novos métodos adotados pela autarquia, que vem separando o entulho inserido no lixo de forma mais criteriosa. O aumento da coleta seletiva de lixo - crescimento de 39,5% em abril deste ano na comparação com mesmo intervalo em 2008 - também colaborou.

Expansão - Há dois pedidos de ampliação do aterro feitos à Cetesb (Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental). O primeiro é para operar em área de 6.000 metros quadrados que daria fôlego de seis a sete meses.

O segundo pleiteia licença para utilizar terreno de cerca de 40 mil metros quadrados que ofereceria mais oito anos. Para operar na área depois de autorizado pelo Daia (Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental), o Semasa terá de desativar as duas cooperativas de reciclagem que trabalham no espaço. Segundo a autarquia, está em curso a discussão com as cooperativas para viabilizar a transferência da equipe para outro local.

"Existe uma ansiedade. Vai ser difícil sair daqui e ir para outro endereço", afirmou a cooperada Benedita Campos da Silva, 46 anos, que mora em bairro vizinho ao aterro e trabalha no local desde 2000.

"Sabíamos que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde, mas vamos nos adaptar", disse o coordenador geral da Coopcicla, Jorge Luiz Pscheidt, 53, que também comemorou o aumento da coleta seletiva. "Estão pagando menos pelos materiais, por isso precisamos triar mais."

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