quarta-feira, 10 de junho de 2009

Expedição pelo Velhas marca Semana do Meio Ambiente 2009

Encerramento da segunda Expedição pela bacia comemora a volta do peixe com as melhorias na qualidade das águas

Após 20 dia navegando pelos 804 quilômetros da Bacia do Rio das Velhas, ambientalistas do Projeto Manuelzão, da UFMG, encerram a 2ª Expedição pelo Velhas e comemoram a volta do peixe ao rio com a melhoria da qualidade das águas no maior afluente do Rio São Francisco. O relatório com os resultados foi entregue ao Governador Aécio Neves no último dia 05, durante a abertura da Semana do Meio Ambiente 2009 e Dia Mundial do Meio Ambiente.

Algumas espécies, como o dourado e matrinxã, que precisam de águas limpas, já estão sendo reencontradas próximas a Belo Horizonte. “No baixo e médio Velhas já se comemora a volta do peixe. Isso é a prova de que, se a gente fizer a nossa parte, a natureza responde. A interferência da Copasa fez a diferença. A empresa está fazendo a sua parte no Rio das Velhas e é uma vitória essa parceria entre a sociedade civil e o Governo de Minas”, afirmou o coordenador do projeto Manuelzão, Apolo Heringe.

O Manuelzão é parceiro do Governo de Minas Gerais no projeto estruturador Meta 2010. O compromisso é de que até 2010 seja possível navegar, pescar e nadar em trechos do rio das Velhas. Isso significa enquadrá-los na classe II de águas, aquela destinada ao abastecimento doméstico após o tratamento convencional, às atividades de lazer, à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas; e à criação de peixes, segundo o padrão do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Para tanto, o Governo de Minas Gerais tem investido sistematicamente em saneamento básico e tratamento de esgotos na região, por meio da Copasa – Companhia de Saneamento de Minas Gerais. O volume de esgoto tratado, passou de 41 para 85 milhões de m3 em 2008. Cerca de 172 obras de infra-estrutura também devem ser finalizadas, com investimento total de cerca de R$ 1,3 bilhão.

Na ocasião, também foi assinado o Protocolo de Intenções para a criação do Centro de Referência em Medições de Qualidade da Água, aonde serão desenvolvidas tecnologias modernas em limnologia – estudo científico das extensões de água doce e medições de qualidade. Hoje, o Projeto Águas de Minas, já possui 467 estações de amostragem, entre as oito maiores bacias hidrográficas do Estado, que geram anualmente o Mapa da Qualidade das Águas, auxiliando na definição rápida de ações corretivas e preventivas.

Segundo o diretor de Desenvolvimento de Serviços Tecnológicos do Cetec, Marcílio César de Andrade, o centro garantirá uma política de coordenação de controle de qualidade da água, uma vez que centralizará todas as informações sobre os recursos hídricos do Estado. “No centro ficarão armazenadas todo tipo de informação sobre a qualidade da água em Minas que, muitas vezes, ficam isoladas em órgãos que realizam pesquisas isoladas”, ponderou Andrade.

Para o Velhas, o desafio agora é combater a poluição difusa, provocada pelas chuvas que carregam sedimentos e produtos químicos para o curso d’água, provenientes das atividades agropecuárias e industriais na bacia. Outro desafio é a mobilização e engajamento da sociedade civíl. Para se ter uma idéia, bacia tem uma população total de 4.406.190 de habitantes (IBGE, 2000), distribuída em 51 municípios, drenando uma área de 29.173 km2 (FEAM, 1998).

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