quinta-feira, 4 de junho de 2009

Órgãos Estaduais praticam ações voltadas ao Meio Ambiente

RIO DE JANEIRO (ABN NEWS) - No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado na próxima sexta-feira (5/6), secretarias do governo do Estado do Rio de Janeiro dão exemplo ao desenvolver projetos que ajudam a conscientizar seus servidores sobre a importância da preservação ambiental. Coletar resíduos recicláveis, reaproveitar materiais e combater o desperdício tornaram-se rotina em órgãos como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa) e o Fundo Único de Previdência Social (RioPrevidência).

Uma das mais prestigiadas instituições de ensino superior do país, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) vem fazendo sua parte desde 1999, quando criou o projeto de Coleta Seletiva de Papel (Coopere). O programa visa contribuir com a redução de problemas ambientais decorrentes do acúmulo de substâncias sólidas e do desperdício de recursos naturais. Toda semana, um funcionário do serviço de limpeza passa nos andares da universidade para retirar o material estocado nas caixas de papelão fornecidas pelo Coopere. Atualmente, o trabalho está sob a responsabilidade da Prefeitura dos Campi da Uerj.

Em diversos pontos do campus Maracanã são encontradas lixeiras multicoletoras e cartazes de conscientização ambiental. Essas iniciativas deram o pontapé inicial para a criação de outras ações, como o Grupo de Gerenciamento e Estudos de Resíduos (Cogere). O projeto, implantado em 2005, é voltado para a questão da coleta de substâncias tóxicas em laboratórios e setores da Uerj. Em 2007, o grupo passou a fazer parte do Programa de Extensão voltado para Estudos e Defesa do Consumidor.

Pesquisadores de diversas especialidades e alunos da instituição participam do Cogere, que pode trazer ganhos ambientais, econômicos e sociais para a universidade estadual. Se essas substâncias não recebessem o tratamento adequado, poderiam provocar danos ao meio ambiente e à saúde da população. Depois de serem separados pelos funcionários dos laboratórios, os resíduos são coletados por uma empresa credenciada, que dá o destino final ao material. As substâncias são encaminhadas para incineração ou neutralizadas e descartadas.

- Recebemos recursos da Faperj para a construção da sede do projeto e do abrigo de resíduos químicos, biológicos e materiais recicláveis. O Cogere está realizando uma campanha piloto no Pavilhão Haroldo Lisboa da Cunha, onde visa monitorar mais de 60 laboratórios dos institutos de Biologia e Química. Estamos modelando um sistema de gestão de resíduos para cada tipo específico. Nossa meta é disseminar o conceito de consumo sustentável e o gerenciamento integrado de resíduos - explica o engenheiro Elmo Rodrigues da Silva, coordenador do Cogere e criador do Coopere.

Os planos do professor para o futuro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro são promissores. O grupo de gerenciamento planeja difundir a ideia de transformar o campus Maracanã em um local ambientalmente responsável. Para implantar esse conceito, seria preciso modificar algumas práticas e conscientizar os estudantes e servidores da Uerj. O conceito de ecocampus, há décadas difundido na Europa, seria um exemplo que poderia ser adaptado a nossa realidade. Nesse sentido, seria necessário desenvolver um Sistema de Gestão Ambiental, prevendo algumas técnicas como a reutilização de água, o uso de combustíveis mais limpos, a economia de energia, a utilização de energia solar e a implantação do gerenciamento de resíduos. A água da chuva, por exemplo, poderia ser estocada e utilizada para os serviços de lavagens, descargas de sanitários e irrigação de jardins.

- Não seria fácil transformar o campus em um local ecologicamente correto, porque ele foi construído dentro de outras concepções. Aos poucos, estamos adotando novas práticas. É preciso mudar de comportamento e aprender a separar os resíduos. As iniciativas voltadas para a preservação do meio ambiente geram redução de custos e são uma tendência que está sendo adotada por diversas empresas em todo o mundo - declara Elmo.

Em agosto, o Grupo de Gerenciamento e Estudos de Resíduos oferecerá um curso de capacitação voltado aos bolsistas e funcionários dos laboratórios para tratamento e gestão de resíduos perigosos. Um trabalho de conscientização aconteceu em dezembro do ano passado, com o I Encontro de Gerenciamento de Resíduos de Laboratórios. O Cogere também está planejando o lançamento de um site e de campanhas internas sobre a importância do consumo sustentável.

Coleta seletiva na Agenersa

Para educar os cerca de 60 servidores e 20 estagiários da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa) inaugurou no último dia 13 de maio o Coleta Seletiva Solidária. Com o programa de seleção de materiais recicláveis do governo do Estado do Rio, o órgão pretende reduzir a produção de lixo, reutilizar os resíduos descartados e contribuir para a reciclagem.

- Nosso objetivo é fazer com que os funcionários apliquem essas ações em suas casas e condomínios. Planejamos a coleta seletiva através da Lei 40.645, que instituiu a criação do programa nas repartições públicas estaduais. No futuro, queremos levar o projeto para todos os andares do edifício onde a Agenersa funciona. Temos ainda a proposta de alertar nossos servidores sobre o desperdício de luz, água e papel - relata a superintendente administrativa da Agenersa, Roberta da Silva Camões.

O programa Coleta Seletiva Solidária foi além das instalações de cestas de multicoleta. Pensando na melhoria da qualidade de vida dos profissionais e na preservação da natureza, o órgão distribuiu aos servidores canecas de louças e caixas coletoras de papel. A agência comprou ainda um poupa-copos para ser utilizado apenas por visitantes.

A iniciativa ecologicamente correta não se limita apenas à coleta de lixos e ao envio de material reciclável à cooperativa contratada. Nos planos da agência reguladora, estão incluídas a realização de palestras e campanhas internas sobre o tema. A ideia é fazer com que a preservação de recursos naturais passe a fazer parte da rotina dos funcionários.

Os primeiros resultados do projeto foram divulgados no final de maio pela Comissão Interna da Agenersa, criada para concretizar a implantação da Coleta Seletiva Solidária. Durante o recolhimento do lixo, realizado na primeira semana do programa, foram coletados 75 kg de papel branco, 185 kg de jornal e 12 sacos de material para separação e reciclagem. A comemoração dos números positivos está acontecendo na Semana Agenersa do Meio Ambiente. O evento, que vai até sexta-feira (05/06), estimula a reflexão sobre o consumo consciente e as alternativas de ações ambientais.

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