quarta-feira, 3 de junho de 2009

Programa Estratégico vai permitir sustentabilidade de mosteiros


O Programa Estratégico Rede Mosteiros Património da Humanidade, que prevê um investimento de 15,3 milhões de euros até 2012, vai permitir que os mosteiros em Alcobaça, Batalha, Tomar e Lisboa "sejam sustentáveis", sublinhou, ontem, segunda-feira, o director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).
Elísio Summavielle falava na Torre de Belém, em Lisboa, na apresentação do programa, numa sessão que contou com a presença de autarcas das cidades envolvidas neste projecto, de que fazem parte Batalha e Alcobaça, sublinhando que a concretização deste programa irá tornar "sustentáveis" os mosteiros envolvidos - na zona Centro do País, os monumentos da Batalha, Alcobaça, o Convento de Cristo, em Tomar, e dos Jerónimos, numa articulação com Lisboa - "evitando as crises que se verificaram no passado".
Com um investimento de 65 por cento de fundos comunitários e 35 por cento do IGESPAR e das autarquias envolvidas, o programa contará com várias parcerias públicas e privadas com universidades, empresas e associações culturais.
Os objectivos do Programa Estratégico Rede Mosteiros Património da Humanidade são não apenas realizar acções de recuperação daqueles monumentos classificados património da Humanidade pela UNESCO, mas também a criação de uma marca própria turístico-cultural.
Além do investimento na recuperação do património, o programa visa ainda a requalificação e valorização das zonas urbanas circundantes, e ainda a produção e animação cultural.
"Oportunidade única
e inovadora"
Na sessão de apresentação do programa - que já se encontra em curso - os presidentes das câmaras de Tomar, Alcobaça e Batalha destacaram a "oportunidade única e inovadora" para o "desenvolvimento local".
O presidente da câmara de Tomar, Corvelo de Sousa, destacou as potencialidades do programa para "criar uma marca nova com alcance a nível supra-nacional", enquanto os presidentes das câmaras de Alcobaça, José Sapinho, e da Batalha, António Lucas, insistiram na urgência da construção do novo IC-9, já anunciado pelo Governo, "como peça fundamental para este projecto".
Assinalaram que a rota dos mosteiros envolvidos acolhe anualmente cerca de um milhão de pessoas que se desloca à zona Centro do País para turismo religioso e cultural.
António Lucas salientou que a criação daquela via na região "irá desviar o trânsito que afecta o mosteiro da Batalha com poluição, finalmente colmatando um erro que tem várias décadas".
Por seu turno, o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, saudou a concretização de um "projecto de trabalho em rede" que irá "evitar redundâncias e obter eficácia" na área do património e turismo.
Elogiou ainda a capacidade de mobilização conjunta das entidades parceiras para a reabilitação patrimonial, e apelou à criação de outras redes semelhantes no País.
A vereadora Rosalia Vargas, que se encontrava presente em representação do presidente da câmara de Lisboa, António Costa, considerou o programa "um bom exemplo da partilha de recursos e de conhecimento.

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