terça-feira, 16 de junho de 2009

Reservas são suficientes para evitar destruição total da Amazônia, diz estudo

Mesmo perdendo 63% da floresta, região não ficaria totalmente savanizada.
'Ponto sem retorno' é conceito comum nos estudos sobre a Amazônia.

Do Globo Amazônia, em São Paulo

Estudo da Michigan State University, nos EUA, aponta que a política brasileira de proteger as florestas com reservas é capaz de proteger a floresta das mudanças climáticas e evitar sua destruição total.

No meio científico é corrente a ideia de que, se a Amazônia atingir um certo grau de desmatamento, terá alcançado um “ponto sem retorno” em que se transformará numa paisagem similar ao cerrado. O autor deste novo estudo, Robert Walker, no entanto, defende que, ao ter certas áreas protegidas, como já vem ocorrendo no Brasil, este ponto sem volta jamais seria alcançado.

A Amazônia brasileira tem cerca de 37% de sua área incluída em reservas. Para o estudo, Walker trabalhou com o pior cenário: o de que toda a floresta fora destas áreas protegidas seria destruída. Ainda assim, ele chegou a resultados que apontam que o índice de chuvas dentro das áreas protegidas não cairia a ponto de modificar a vegetação das reservas. Assim, segundo o pesquisador, o limite de desmatamento “sem volta” da floresta pode estar por volta de 63%, e não 40% como é comum ver em estudos a respeito.

Foto: Expedição Rios Voadores / Divulgação

Chuva sobre área desmatada da Amazônia. Atingido o 'ponto sem retorno' de desmatamento, o regime pluvial será alterado de forma irreversível. A questão é quanto de devastação a floresta suporta até atingir este ponto. (Foto: Expedição Rios Voadores / Divulgação)

A pesquisa foi publicada na última edição da revista americana 'Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)' e tem como co-autores Nathan Moore, Cynthia Simmons e Dante Vergara, da Michigan State, além de cientistas da University of Florida, Kansas State University, Hobart College, William Smith College e Universidade Federal Fluminense.

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