quarta-feira, 20 de maio de 2009

EUA e China discutem secretamente mudança climática, diz jornal

20/05/2009 - 06:41
EFE

Um grupo de importantes políticos americanos mantiveram conversas na China sobre a mudança climática durante os últimos meses do governo do ex-presidente George W. Bush. A informação foi dada pelo diário britânico "The Guardian" nesta terça-feira (19).

A visita à China, da qual participaram pessoas que ocupam cargos no governo de Barack Obama --como John Holdren, principal assessor científico do atual presidente democrata--, produziu uma minuta de documento em março, apenas dois meses depois de Obama chegar à Casa Branca.

Embora o memorando de entendimento não tenha sido assinado, os participantes da abertura desse canal de comunicação entre Washington e Pequim acreditam que ele poderá assentar a base de um acordo bilateral contra a mudança climática antes do final deste ano.

"Tenho a sensação de que trabalhamos para conseguir algo ainda este ano. Será algo sério, substantivo e vai se transformar em realidade", afirma Bill Chandler, diretor do programa de energia e clima do Carnegie Endowment for International Peace, um dos impulsores dessas negociações.

Segundo o "Guardian", essas conversas secretas indicam que os assessores de Obama estavam decididos desde o começo a conseguir um acordo global para a redução das emissões de gás estufa em dezembro, na crucial reunião da ONU em Copenhague.

"Estados Unidos e China são dois dos países que o mundo culpa de não fazer nada [contra a mudança climática], mas têm algo melhor a contar", declarou ao jornal Terry Tamminen, que participou dessas conversas e é assessor de ambiente do governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger.

Segundo o diário britânico, os contatos entre Pequim e Washington começaram em 2007.

Na ocasião, o vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Xie Zhenhua, deu o primeiro passo ao expressar interesse em colaborar com os EUA para a captura e o armazenamento de carbono e outras tecnologias.

Na segunda viagem à China, os americanos elaboraram um memorando de três pontos no qual utilizariam as tecnologias existentes para conseguir uma redução de 20% nas emissões de carbono para 2010, e os dois países cooperariam em novas tecnologias para capturar e armazenar carbono e para fabricar automóveis menos poluentes.

Além disso, Washington e Pequim assinariam um acordo sobre mudança climática em Copenhague.

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