segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Fim de ano, praias assim será mais que um descanso, uma renovação, estar em contato com a natureza, não existe coisa melhor...


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sustentabilidade e Educação: Conscientização ou fazer por fazer?

Estamos em um momento muito complexo em relação ao mundo e seu processo de deterioração. O cuidar com nossas atitudes de consumo e cuidados pequenos com o meio ambiente fazem toda a diferença, apesar de não percebermos isso em curto prazo.

Acredito que devemos iniciar uma análise coletiva nas ações do cotidiano, pois nosso comportamento tende a mudar de acordo com o espaço que estamos. É como se o ambiente nos modificasse. Um exemplo são as crianças quando estão na escola. Elas são trabalhadas para reciclarem todo o lixo, desde o que usam em sala até o lixo orgânico gerado na hora do lanche.
Quando vão para a praia com os pais, elas deixam na areia o sabugo do milho e a lata de refrigerante. Deixam, é claro, porque os adultos também o fazem, inclusive, escondem na areia a bituca do cigarro. As crianças copiam as referências dadas pelos adultos que estão em torno dela.
Esse pequenos momentos, ao invés de serem construtivos, destroem muitas vezes o trabalho de um ano todo de uma escola ou de um grupo de escoteiros, que tentam educar para a sustentabilidade.
Iniciando um novo ano, vamos pensar nas referências do mundo que estamos formando para as próximas gerações, pois quando se vê desmoronar morros no meio de lixos e entulhos de obras antigas, vê-se também a mão humana, pois a mesma mão que joga o lixo seca a lágrima desesperada de quem perdeu suas coisas e seus entes queridos.
Afirma-se, portanto, que plantamos e colhemos o que plantamos. Se o lixo fosse reciclado de maneira inteligente e consciente, ele não estaria no meio de tudo aquilo e seria usado com qualidade, como é feito nos países mais desenvolvidos, onde se recicla tudo ou, se não for possível, queima-se virando energia para o uso da população.
Quem sabe neste ano que inicia com novo projeto de prefeitura, nós podemos pensar em agir nas escolas e nas empresas de forma pensada coletivamente. Que nossa cidade seja exemplo de sustentabilidade.
Precisamos pensar nisso, pois é tão fácil fazer, basta querer.

Arquivo SinepeArquivo Sinepe 

Lindas imagens de Londres

Lindas imagem. Londres

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Livro usa cartuns para conscientizar crianças sobre meio ambiente


08:00, 16/01/2013 
REDAÇÃO ÉPOCA
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Para o cartunista Leonardo Valença, meio ambiente não é assunto apenas para pesquisadores ou ambientalistas. Ele acredita que cartunistas também desempenham um papel importante para educação ambiental. Por isso, Léo está lançando o seu segundo livro com temático ambiental, o Almanaque Ecológico do Lucas. “O cartum pode atuar como importante meio de conscientização sobre meio ambiente, principalmente no contexto atual, no qual o planeta carece de novos modelos de gestão dos seus recursos naturais”, diz.
O almanaque é voltado para o público infantil, e intercala desenhos e passatempos com explicações sobre problemas ambientais, como clima, desmatamento e direitos dos animais. Segundo o autor, a ideia é ajudar professores nas aulas sobre meio ambiente nas escolas. Além disso, o cartunista lançou seu livro por um sistema de impressão por demanda, para evitar desperdício de papel e recursos naturais.
Por e-mail, Léo respondeu a algumas perguntas do Blog do Planeta. Confira a entrevista abaixo.
Blog do Planeta – Há quanto tempo você trabalha com cartuns sobre meio ambiente?
Léo Valença – 
Desde 2008, quando tive a ideia de criar uma coletânea de cartuns com o tema ambiental, junto com outros cartunistas.
Blog do Planeta – Por que fazer cartuns sobre meio ambiente? O que te motivou a desenhar sobre esse assunto?
Léo Valença – 
O cartunista é um profissional que está sempre antenado do que acontece ao seu redor, e os problemas que temos hoje – de cunho social, político, econômico e agora a questão ambiental com o aquecimento global – nos afetam diariamente e têm sido fontes de constante inspiração para as minhas criações. Eu utilizo representações bem-humoradas, por meio do humor gráfico, para tratar um tema nada amistoso como este. Pinguins torrando no sol ou um urso polar solitário em cima de um pequeno pedaço de gelo são alguns dos exemplos desses cartuns irreverentes que provocam o público, faz pensar. O cartum como ferramenta de problematização de questões ambientais pode atuar como importante meio de conscientização social acerca dessa temática, principalmente no contexto atual, no qual o planeta carece de novos modelos de gestão dos seus recursos naturais.
Eu percebia que o assunto atraía cada vez mais a atenção dos profissionais de humor gráfico, que o citavam em salões de humor e exposições. O tema da ecologia sempre foi abraçado por artistas, e agora mais do que nunca, com este problema mundial que atualmente pipoca em forma de reportagens, notas e editoriais.
Blog do Planeta – O Almanaque Ecológico do Lucas não é o seu primeiro trabalho na área. Gostaria que você falasse um pouco sobre o livro Aquecimento Global em cartuns.
Léo Valença – 
A proposta do livro Aquecimento Global em cartuns foi dar um alerta para a vida, no qual os cartunistas desta coletânea tiveram o desafio de mostrar o risco que o planeta e a humanidade correm. Desta forma, os autores participantes foram convidados a fazer um traçado sobre as consequências do aquecimento global, e assim despertar a sociedade para a seriedade do problema. Desenvolvi o projeto do livro em parceria com o portal Brazil Cartoon, que realizou um processo de seleção de cartunistas, onde foram selecionados 25 trabalhos inscritos para a publicação.
Blog do Planeta – O Almanaque Ecológico do Lucas é voltado para o público infantil. A ideia é conscientizar as crianças sobre os problemas ambientais?
Léo Valença – 
Pensando na construção de uma comunidade global sustentável, surgiu a ideia de criar um personagem que trouxesse a importância da sensibilização e da reeducação, começando por nossas crianças. Idealizei um personagem que pudesse se dirigir diretamente às crianças e jovens e a partir daí, também chamar a atenção dos adultos. Esse personagem chama-se Lucas, e é um duende ecológico. Ele é um defensor da natureza, com um jeito irreverente, perspicaz e com ações totalmente voltadas para a ética, a consciência ecológica e a sustentabilidade. Lucas busca sensibilizar as crianças e jovens para que adotem atitudes corretas em relação às questões do meio ambiente, da sustentabilidade e uma vida mais saudável. Assim, pensei em criar um almanaque do personagem que pudesse ensinar e ao mesmo tempo divertir com textos fáceis, passatempos e desenhos.
Blog do Planeta – A ideia é que o livro seja usado em escolas e aproveitado por professores?
Léo Valença – 
Sim. O livro é destinado para professores, alunos e escolas de todo o Brasil. Com o objetivo de dar suporte aos professores que buscam conteúdo e atividades de apoio à educação ambiental, o Almanaque Ecológico do Lucas visa contribuir ainda mais com a disseminação de valores para construção de um mundo mais sustentável entre o público infantil. Nós vivemos em um país ainda com grande déficit educacional, muitas crianças estão fora das escolas, o ensino está sucateado por governos incompetentes, professores mal-pagos e mal-preparados, enfim, há muito por se fazer pela educação brasileira. Ela é a chave para um futuro melhor, com gerações mais esclarecidas, politizadas e capazes de cuidar melhor do planeta do que cuidamos até agora. Precisamos colocar a matéria “Consciência Ecológica” em todas as escolas desde o ensino fundamental. Todo mundo tem que entender a importância da reciclagem, coleta seletiva, usinas de tratamento de lixo orgânico e de despoluição de água. Todo mundo tem que aprender a não jogar lixo na rua, não desperdiçar água, não desmatar, não construir em áreas de mananciais e beiras de morros e rios. Precisam também ser mais politizados e combativos pra lutarem contra governos que não querem cumprir tratados e protocolos internacionais pela defesa do meio ambiente.
Blog do Planeta – O livro foi publicado por uma editora que faz impressão por demanda. Como funciona essa sistema?
Léo Valença – 
editora PoD (Print On Demand) imprime sob demanda cada exemplar do livro através da encomenda pelo site da editora. O PoD é um recurso de alta tecnologia de preservação do planeta, disponível há alguns anos e de eficiência comprovada. Mais do que um recurso tecnológico em si, é uma ferramenta de administração de recursos: em vez de produzir estoques de livros impressos, estes são impressos à necessidade em que são requeridos. Desta forma, evita-se o desperdício financeiro e ambiental.
Blog do Planeta – Na sua opinião, qual a principal mensagem do Almanaque para as crianças?
Léo Valença – 
A Terra é a Nossa Casa. Satisfazer as próprias necessidades sem reduzir as oportunidades das próximas gerações é prover o melhor para as pessoas e para o ambiente, tanto agora como no futuro. Devemos retribuir o carinho com que a Mãe Terra nos acolhe e ajudar neste processo de preservação do Meio Ambiente.
Fotos: Os cartuns que ilustram o post foram retirados do livro Almanaque Ecológico do Lucas.
(Bruno Calixto)

Polícia do Quênia faz apreensão recorde de marfim


Autoridades do país africano apreenderam duas toneladas do material, avaliado em R$2,3 milhões

Reuters

AP
Gabão queimou 5 toneladas de marfim ilegal em junho de 2012

A polícia do Quênia apreendeu duas toneladas de marfim, avaliadas em 1,15 milhão de dólares (cerca de R$ 2,3 milhões), na maior carga desse tipo já confiscada no país africano, disseram autoridades nesta terça-feira (15).
"Não entendemos de onde a pessoa tira coragem de juntar quantidades tão enormes de marfim, na esperança de passar por nossos sistemas de segurança", comentou Kibereng Seroney, agente da polícia portuária da cidade de Mombasa encarregado de investigações criminais.
A caça ilegal é um crescente problema em países africanos que apostam na sua riqueza natural para atrair turistas estrangeiros a seus parques.

Criminosos fortemente armados matam elefantes e rinocerontes por causa das suas presas, que são usadas como ornamentos e em alguns remédios populares. A maioria das presas de elefante contrabandeadas a partir da África vai parar em países asiáticos, segundo a polícia.
Em 5 de janeiro, caçadores mataram uma família de 11 elefantes, no maior massacre de animais já registrado no Quênia, segundo autoridades.
O comissário-assistente da Autoridade de Arrecadação do Quênia, Gitau Gitau, disse que a documentação que acompanhava a carga apreendida no porto de Mombasa dizia se tratar de pedras decorativas.
Segundo o funcionário, o marfim apreendido era originário de Ruanda e Tanzânia e seria exportado para a Indonésia.

Secretaria do Meio Ambiente apreende uma tonelada de pescado irregular


Numa operação realizada nesta quarta-feira (16), na região do Cristo Rei, em Várzea Grande, fiscais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) apreenderam cerca de uma tonelada de pescado irregular.
A operação contou com a parceria de policiais civis, da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e Juizado Volante Ambiental (Juvam). Durante a operação, três pessoas foram detidas em flagrante e encaminhadas para a Dema onde vão prestar depoimento. Além do pescado irregular os fiscais apreederam um veículo Uno e dois freezers.

Na manhã de terça-feira (15) a equipe de Fiscalização da Sema já havia apreendido cerca de 120 quilos de pintados já limpos, além de cacharas e jaú. O resultado da operação foi apresentado à tarde. Depois de uma denuncia, a equipe da Coordenadoria de Fiscalização de Pesca foi a uma região localizada entre as comunidades de Valo Verde e Engenho Velho, também em Várzea Grande, onde localizou o pescado e os apetrechos utilizados na pesca irregular, 13 redes, um barco a motor, varas de pesca, uma caixa térmica e quatro canoas que foram destruídas no local.

O superintendente de Fiscalização, Paulo Ferreira Serbija, alertou que a Sema continuará a fiscalizar os rios, um trabalho que será intensificado com a aproximação do fim do período de defeso da piracema, no próximo dia 28 de fevereiro. “O objetivo do órgão é evitar os crimes ambientais e impedir que os peixes sejam capturados no período de defeso”.

No fim de semana, outra ocorrência foi registrada em Porto Cercado, no município de Poconé, a 104 quilômetros de Cuiabá. Na operação foi apreendido um barco a motor (15HP) que estava ocupado por quatro homens e equipamentos como molinetes e varas. Cerca de dez quilos de pescado, entre espécies menores como piranha e bagres foi apreendido com o grupo e doado para uma instituição da cidade. O barco e apetrechos foram trazidos para Cuiabá nessa terça-feira.

PERÍODO DE DEFESO

O período de defeso da piracema começou em Mato Grosso no dia 1º de novembro nos rios da bacia hidrográfica do Araguaia e no dia 05 de novembro, nos rios das bacias hidrográficas do Paraguai e Amazonas. Nesse período, que vai até 28 de fevereiro de 2013, fica proibida a pesca no estado, inclusive na modalidade pesque e solte.

A piracema é um processo natural, que ocorre em ciclos anuais e coincide com a estação das chuvas. Os peixes migratórios (peixes reofílicos), se deslocam rumo à cabeceira dos rios, onde buscam alimentos e condições adequadas para o desenvolvimento das larvas e dos ovos. A desova também pode ocorrer após grandes chuvas, com o aumento do nível da água nos rios, que ficam oxigenadas e turvas.

Para os infratores pegos desrespeitando o período de defeso da piracema, as penalidades previstas vão desde multa até a detenção estabelecidas na Lei Estadual nº 9.096, de 16 de janeiro de 2009 e na Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, regulamentada pelo Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008 e legislações pertinentes. A multa para quem for pego sem aDeclaração de Estoque de Pescado ou praticando a pesca depredatória está definida na Lei 9096, e varia de R$ 1 mil a R$ 100 mil.
Fonte: Redação Circuito MT/com Assessoria

Satélite da Nasa fotografa nuvem de poluição sobre Pequim


08:00, 16/01/2013 
REDAÇÃO ÉPOCA
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Acima, foto de satélite de 14 de janeiro, mostrando uma grande nuvem de poluição sobre Pequim. Abaixo, mesma região, em foto de 3 de janeiro, antes da crise na qualidade do ar no país. Divulgação/Nasa
A Nasa, a agência espacial americana, divulgou nesta terça-feira (15) duas imagens de satélites que mostram o antes e o depois de uma das piores crises de poluição em Pequim, na China. No último fim de semana, o ar de Pequim estava 30 vezes mais poluído do que o considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde.
A poluição no ar é medida pelo Índice de Qualidade do Ar. A escala desse índice vai de zero a 500, onde níveis acima de 100 são considerados poluídos, e acima de 300, extremamente perigosos para a saúde humana. No fim de semana dos dias 12-13 de janeiro, a concentração de poluentes era tão grande no ar de Pequim que as medições ultrapassaram o limite da escala, marcando incríveis 755 no índice de poluição.
A situação só deve melhorar nesta quarta-feira (16), com a previsão de ventos que devem dissipar a nuvem de fumaça. Enquanto isso, os resultados da crise ambiental na cidade já estão sendo sentidos. Nos hospitais, o número de casos de doenças respiratórias subiu 30%, segundo as agências de notícias estatais. Escolas e creches foram obrigadas a cancelar atividades ao ar livre, e fábricas diminuíram ou suspenderam a produção. Rodovias foram fechadas e voos foram cancelados por falta de visibilidade.
O principal vilão do ar de Pequim é o material particulado – um conjunto de partículas que são pequenas o suficiente para entrar nas passagens do pulmão. A maior parte do material particulado é gerada pela queima de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, e de biomassa, como queimadas em florestas e na produção agropecuária.
Não é a primeira vez que satélites detectam a poluição chinesa. Em 2011, a Nasa registrou uma nuvem de poluição com 1000 km de extensão.
(Bruno Calixto)

Países fizeram mais leis contra aquecimento global em 2012


Avanços no México mereceram destaque em relatório.
Avanços no México mereceram destaque em relatório.
REUTERS/Lunae Parracho

RFI
As legislações nacionais na luta contra o aquecimento global progrediram mais nos países do sul em 2012, conforme um relatório da ONG Globe International, elaborado em parceria com o Grantham Research Institute e a London School of Economics. A organização observou que houve avanços em 18 dos 33 países estudados e destaca que o México foi o que mais desenvolveu a legislação ambiental.

Os maiores progressos ocorreram nas economias emergentes, afima o texto, citando o exemplo do México. Em 2012, o país votou uma “lei geral sobre as mudanças climáticas”, prevendo uma redução de 30% das emissões de gases de efeito estufa até 2020, em relação às projeções estimadas para este período. Os mexicanos também criaram “estruturas institucionais” adaptadas para proteger o planeta, conforme a Globe International.
Este foi o terceiro relatório da ONG sobre estas questões. O texto observa que o Canadá é o primeiro país “regredir”, ao se retirar do protocolo de Kyoto no final de 2011, o único tratado internacional que obriga os países industrializados signatários a se comprometerem a lutar contra as emissões de gases.
Os principais avanços verificados dizem respeito à eficiência energética, a luta contra o desmatamento, os mercados de carbono (caso da Austrália e da China) e as taxas sobre emissões de carbono (no Japão e na Índia). A ONG ressalta, entretanto, que “a soma das legislações nacionais não está à altura do que seria preciso fazer para evitar mudanças climáticas, com conseqüências perigosas”.
Considerando a situação atual, o mundo caminha em uma trajetória de elevação de 3 a 5º C da temperatura global, em relação aos níveis pré-industriais, e não de 2º C, como se esperava.
O próximo grande objetivo destas negociações promovidas pelas Nações Unidas é a assinatura de um acordo ambicioso de redução de emissões de gases, pelos países da ONU, que entraria em vigor 2020.
"As legislações nacionais são cruciais", declarou a secretária-executiva da ONU para o clima, Christiana Figueres, citada pela ONG. "Em nível nacional, uma lei sobre as energias limpas abre a porta para os investimentos. Em nível internacional, abre um espaço político para um acordo", acrescentou.
Até o momento, a União Europeia é a que legislou sobre a mudança climática, com 25 leis.
TAGS: AQUECIMENTO GLOBAL - MEIO AMBIENTE - MÉXICO - ONGS

Djalba Lima

A avaliação do presidente da CMA baseia-se em estudo sobre 33 países, realizado pelo Grantham Institute, vinculada à London School of Economics, e pela própria Globe International. Segundo Rollemberg, também a secretária-executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climáticas, Christiana Figueres, reconheceu o papel dos parlamentares no avanço de uma agenda de enfrentamento do aquecimento global.Apesar da falta de acordo nas cúpulas internacionais sobre a redução de gases de efeito estufa, há avanços significativos em muitos países com a criação de leis próprias de combate às mudanças climáticas. A avaliação é do presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que participou em Londres, na segunda e terça-feira (14 e 15), de reunião da Globe International, rede mundial de parlamentares que discute ações legislativas em relação ao meio ambiente.
Como um dos representantes brasileiros no evento de Londres – o outro foi o deputado Márcio Macedo (PT-SE) –, Rollemberg fez na ocasião um resumo dos avanços legislativos na área de meio ambiente, citando o Código Florestal aprovado no ano passado e o fundo de combate às mudanças climáticas, além da redução do desmatamento no país.
O presidente da CMA afirmou que vai analisar o estudo lançado na reunião em busca de ideias para o aperfeiçoamento da legislação brasileira. O trabalho identificou progressos significativos na criação de leis nacionais de combate às mudanças climáticas em 18 e avanços limitados em 14 dos 33 países. De modo geral, países em desenvolvimento apresentaram mais avanços, enquanto países desenvolvidos, menos progresso nessa área. Em relação ao Brasil, além da aprovação do Código Florestal, o estudo ressalta o comprometimento em reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020.
Rollemberg disse que a reunião da Globe International aprovou documento estimulando os países a elaborarem leis que se enquadrem no conceito de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd+). O parlamentar informou que já realiza levantamento de propostas com esse objetivo, como o pagamento aos agricultores por prestação de serviços ambientais.
O presidente da CMA disse que a Globe International articula parlamentares de todo o mundo em busca do avanço das legislações nacionais e da fiscalização da implementação dessas leis.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Os 10 mitos mais comuns sobre sustentabilidade nas empresas



Pensar que investir em sustentabilidade é caro e não traz retorno é um dos mitos do mundo corporativo

São Paulo – Existem ações sustentáveis no lugar onde você trabalha?

E você realmente sabe a que elas se referem ou prefere entender superficialmente o tema, como se ele não estivesse ligado a você?
Os ganhos obtidos pelas empresas que investiram em sustentabilidade não se resumem  ao lado social e ambiental, mas também financeiro das companhias, o que representa vantagem para todos os envolvidos. “A sustentabilidade vai do plano individual ao macro, que é o empresarial e o social”,  explica Paulo Branco, coordenador do Programa Inovação na Cadeia de Valor do  Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Escola de Administração de  Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP). Porém, muitos dos assuntos abordados no âmbito corporativo são vistos de forma equivocada, transformando-se em grandes mitos. “O maior deles é pensar que é possível crescer de maneira contínua em um mundo que tem recursos finitos”, salienta o professor. Pensando nisso, EXAME.com elencou os principais erros empresariais ligados a esse tema e que, muitas vezes, fazem com que boas oportunidades sejam deixadas de lado.

1. Sustentabilidade custa caro e não traz retorno
É errado pensar que obrigatoriamente a sustentabilidade é cara e que exige um custo.
Na realidade, tudo depende de diversos fatores. “Às vezes será preciso gastar, outras não. Vai depender do tipo de empresa, da ação, do projeto etc. Mesmo quando existe um gasto, ele pode ser convertido em investimento  no médio ou curto prazo”, diz Ricardo Valente, diretor da Keyassociados. Para ter maior clareza sobre essa ideia é preciso ter em mente que a sustentabilidade envolve uma série de aspectos. Conduta ética, a não discriminação, corrupção, tudo faz  parte da sustentabilidade. Implantar ações nesse sentido não envolve, necessariamente, a utilização de recursos financeiros.
“Lembre-se de que todas as possibilidades geram crescimento e, apesar dos custos adicionais, a sustentabilidade tem sido uma solução que traz ganhos”, afirma Branco.

2. É apenas para empresa grande
Este pensamento está ligado ao primeiro mito. “Como a sustentabilidade não está, obrigatoriamente, envolvida com custos, isso facilita a implantação de ações sustentáveis em empresas de todos os portes.  As pequenas também fazem iniciativas sustentáveis, mas repercutem menos e são menos cobradas”, expõe Valente, da Keyassociados. E essas companhias podem estar envolvidas com a sustentabilidade por diversos motivos. “Muitas descobrem que esse pensamento é lucrativo; outras investem no  tema em razão da consciência do dono ou por terem uma visão moderna; e algumas por serem fornecedoras de uma grande empresa, sendo, assim, pressionadas”, avalia o profissional. Lembre-se, aliás, de que as pequenas empresas, em conjunto, podem ter um impacto socioambiental maior do que as grandes companhias, visto que elas existem em maior número.

3. Sustentabilidade reduz o conforto
A sustentabilidade não é sinônimo de redução de qualidade de vida. “A briga, na realidade, é para que as pessoas de hoje possam continuar vivendo confortavelmente, mas que as do futuro ainda tenham comodidade. E para isso é preciso achar o equilíbrio”, diz Valente.

4. Sustentabilidade é uma moda/tendência passageira
O assunto veio para ficar. “Esperamos apenas que, no futuro, o tema esteja tão enraizado na cultura das empresas que não será mais necessário dar tanto enfoque a ele. Será incorporado ao dia a dia das companhias, não sendo um tema que precise a todo momento ser lembrado, mas que nem por isso deixará de existir. Pelo contrário, será algo natural”, acredita Valente.

5. Ter uma área específica de sustentabilidade é solução
Com o pensamento de que a sustentabilidade é uma tendência, diversas empresas criaram áreas especificas para tratar do assunto no campo empresarial, sem perceber que isso não basta. “De nada adianta criar uma área isolada. O importante mesmo é que todos os outros campos funcionais existentes na companhia conversem para que a sustentabilidade seja tratada com a importância que deve ter”, explica Branco. Criar uma área apenas para ter o nome sustentabilidade trabalhada na empresa acaba fazendo com que as outras frentes deixem de pensar sobre o assunto.

6. Ser sustentável é ter ações ambientais
Não acredite que sustentabilidade é sinônimo de meio ambiente. É comum esquecerem que o tema envolve ainda o lado econômico e social. “Não é bom para a sustentabilidade que a companhia tenha uma boa gestão ambiental, mas conte com sérios problemas como trabalho escravo e envolvimento com corrupção. É preciso que o tripé meio ambiente, economia e social esteja inserido dentro do negócio da empresa”, afirma Valente, da Keyassociados. E, aqui, é preciso mudar as ações não apenas do mundo corporativo,  como também do individual. “Apenas saber e entender o que é sustentabilidade não adianta. É preciso colocar em prática para que esse processo não fique no lado racional. De que adianta você assumir responsabilidades e continuar consumindo de empresas que sonegam impostos ou usam da pirataria?”, questiona Branco.