quinta-feira, 7 de maio de 2009

Lixo e esgoto encarecem processo de tratamento de água

Nesta quarta-feira o SPTV fez um passeio pela represa Billings, que abastece 4,5 milhões de paulistas. A reportagem que você vai ver agora mostra como o lixo e o esgoto triplicam o custo para deixar a água pronta pra chegar às torneiras. 

Um passeio pelo maior reservatório de água da região metropolitana de São Paulo revela que a cidade avança com pressa sobre a represa. Um milhão de pessoas vivem no entorno da Billings, só 20% das casas têm acesso à rede de esgoto, segundo a secretaria de Energia e Saneamento do estado. 

“Esgoto a céu aberto que corre pra dentro da represa, no meio da noite se joga entulho, então falta um pouco de fiscalização”, diz Maurício Frank, fotógrafo. 

Criada na década de 1920 para gerar energia, a represa passou a fornecer água potável anos mais tarde. Com paciência de pescador, as amigas acompanharam essas mudanças. No cesto, dá pra ver a diferença. 

“Tem muito lixo, muito lixo. A gente pega, o anzol pega pedaço de pau, plástico”, diz senhora.

“Tem dia que não pega nada, peguei só duas até agora”, diz outra. 

Quanto mais suja a água chega, mais caro e trabalhoso é para que ela fique potável. Essa estação, que recebe água da Billings, gasta por mês 1.100 t de produtos químicos pra deixá-la assim, pronta pra beber. 

Essa quantidade é quase três vezes maior do que a usada para purificar a água do sistema Cantareira, onde as represas ficam longe das áreas urbanas. 

“O ideal é que o manancial seja sempre bem preservado, para que o processo seja o mais simples possível”, diz Márcio, da Sabesp. 

Se não dá para afastar a cidade da represa, é preciso coletar todo o esgoto e tratá-lo. O que ainda não acontece na rua onde dona Abigail mora, a 400 m da represa. A água que desce pelo ralo é a mesma que ela vai beber mais tarde, depois do tratamento. 

“A gente toma né, mas não é muito boa não. É a única”, diz Abigail de Almeida Prado, dona de casa. 

A Sabesp informou que as obras de melhoria devem ficar prontas até 2012. Parte delas já começou.

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