sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A sobrevivência do planeta



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JUACY SILVA

Estamos a praticamente três meses da 15ª Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas a ser realizada em Copenhague, capital da Dinamarca. Este é o mais importante acordo multilateral em matéria ambiental, sob os auspícios da ONU, cujo objetivo é a negociação de um novo tratado internacional que vai substituir o Protocolo de Quioto vigente até 2012.

Pensado e articulado como um marco na redução das emissões de CO2 e outros gases que causam o efeito estufa e o aquecimento da terra, o Protocolo de Quioto não avançou muito nesta matéria por alguns motivos, incluindo a recusa do governo Bush em aceitá-lo, e também por que praticamente nada foi exigido dos países pobres ou em processo de desenvolvimento.


Nos últimos dez anos as emissões de gases poluentes na atmosfera terrestre aumentaram e os seus efeitos já estão sendo sentidos em todos os países, principalmente em termos de aumento da temperatura média da terra, derretimento das geleiras em diversos países, das calotas polares e inúmeros desastres naturais.


Tais efeitos também afetam o regime das chuvas, o nível dos mares, a perda de lavouras e criações, reduzindo a oferta de alimentos e o aumento dos preços, da pobreza e da miséria em várias partes do mundo, principalmente na África, Ásia e outros lugares.


Existem vários desafios que esta conferência deverá enfrentar e buscar respostas, tais como: definição das metas nacionais e globais de redução das emissões de gases que causam o efeito estufa; uso livre de tecnologias limpas que promovam maior eficiência energética, mudança da matriz energética e dos sistemas de transportes, enfim, lançar as bases para uma economia realmente verde e sustentável, não apenas nos países desenvolvidos, mas também nos demais países, inclusive o grupo denominado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).


Segundo dados recentes, o processo de crescimento rápido da China, da Índia e do Brasil e de outros países pode gerar inúmeros problemas ambientais, destruir ecossistemas e contribuir de forma acelerada para as mudanças climáticas e o aquecimento global.


Entre os 20 países que mais poluem o planeta, e que representam 80% das emissões de gases poluentes, a China já ocupa o primeiro lugar, seguindo-se os Estados Unidos, a Rússia, a Índia, Alemanha, Japão, Canadá e outros mais. O Brasil ocupa a 17ª posição neste ranking macabro. Quando o referencial é a quantidade de CO2 per capita e de outros gases poluentes lançados na atmosfera o Brasil ocupa a 19ª entre os 20 países que mais poluem e a 91ª no contexto de todos os países. Mas isto não significa que podemos continuar destruindo o meio ambiente.


As áreas que mais produzem tais gases poluentes são: a) sistema de produção em geral e da produção industrial em particular; b) sistema de transporte baseado em veículos automotores movidos a derivados de petróleo, c) sistemas energético baseado em matéria fóssil (petróleo e derivados) e d) queimadas de florestas e queimadas urbanas.


Há décadas ou mais de um século o mundo não tinha uma visão crítica quanto ao uso dos recursos naturais e os sistemas econômicos foram pensados e definidos partindo-se de uma premissa falsa, ou seja, que tais recursos eram infinitos, principalmente o petróleo, as florestas, o solo e o subsolo.


Ainda hoje, apesar de vários estudos e pesquisas estarem alertando para os malefícios ou efeitos perversos deste modelo, muita gente, muitos governos e gestores públicos, inclusive no Brasil, ainda teimam em pensar apenas no lucro fácil e imediato, deixando o passivo ambiental para as gerações futuras, quando todos poderão estar mortos.


A destruição de ecossistemas como a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga, a Mata Atlântica, no caso brasileiro, bem demonstram a falta de visão que as atuais gerações tem em relação às possibilidades da sobrevivência das espécies vegetais, animais e, principalmente, da espécie humana.


Além dos aspectos econômicos, tecnológicos e ambientais propriamente ditos, a próxima conferência sobre mudanças climáticas deverá ater-se também a dimensão ética e espiritual que rege a relação do ser humano com as demais espécies e com o planeta, principalmente para quem acredita que a terra e o ser humano são criações divinas! Vamos ver qual a posição do governo brasileiro nesta conferência!


JUACY SILVA é professor universitário e mestre em Sociologia.

4 comentários:

  1. Estamos juntos netsa luta. Estou nesta estrada há mais de 45 anos. Espero que visite meu blog :

    www.antesqueanaturezamorra.blogspot.com

    Coloquei teu blog na litsa dos meus blogs prediletos, recomendado-o para leitura e consulta.
    Abraço fraterno

    James Pizarro

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  2. ¸.•´¸.•*´¨) ¸.•*¨) ¸.•´¸.•*´¨)
    (¸.•´ (¸.•` * ¸.•´¸.•*´¨) ¸.•*¨)
    ........|___|...VENGO A DESEARTE
    ........|000|...FELIZ NAVIDAD
    ........|000|...LLENA DE LUZ Y AMOR
    ........|000|...Y PROSPERIDAD
    ........|000|... FELIZ AÑO NUEVO 2010
    .........\00/.... Q ESTE AÑO SEA CARGADO
    ..........\0/..... DE BUENAS VIBRACIONES Y BUENOS DESEOS
    ...........||...... PARA TODOS, SON LOS SINCEROS DESEOS
    ...........||...... DE ANA
    ...........||......
    .........._||_....FELI... FIESTAS!!!
    ♥¸.•*¨)¸.•*¨)
    (¸.•´♥♥.¸.•´¸.•*´¨) ¸.•*¨) ¸.•´¸.•*´¨) ¸.•*¨)★¡¡¡Feliz Navidad!!!

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  3. Em primeiro lugar meus cumprimentos, Mestre Juacy, são poucos os que se preocupam, com o destino de uma causa atual, pois grande parte das pessoas ainda não acordaram, para o nosso GRANDE CRIADOR DO UNIVERSO, pois bem onde temos a simples palavra composta: LÍVRE-ARBÍTRIO, vemos os acontecimentos ocorrendo em todos os cantos do planeta, as respostas nossas por não termos os cuidados de não cuidar-mos do nosso habitat, como podemos dizer que um pingo é letra, aqui já se resume o tudo o que poderíamos contribuir, cuidando para um futuro melhor,
    E vemos que não podemos viver insólitos, pois é a sociedade,o nosso convívio, então amemos o próximo como a ti mesmos, como o Sr. mencionou êste é um trabalho de formiguinha, façamos a nossa parte de consciência, para não prejudicarmos o nosso próximo. Gostei deste trabalho publicado, e Seria melhor se viesse com apoios, incentivos, da parte GOVERNAMENTAL. Abçs, Continue, nesta luta , amigo.Pois daqui estou fazendo a minha parte. E melhor se todos pudessem pronunciar tbm, que estariam fazendo por um mundo melhor.

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