sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Poda ameaça vida das plantas.

Ambientalistas argumentam que cortes de árvores feitos pela Celesc para restabelecer energia favorecem proliferação de fungos Apoda de árvores executada pela Celesc durante esta semana para preservar a fiação elétrica, que fica ameaçada quando há temporais como o de segunda-feira, despertou a ira de ambientalistas. Segundo especialistas em Meio Ambiente e Urbanismo, os cortes ignoram a técnica necessária para podar garantindo a vida da árvore. O ideal, segundo ambientalistas, é que sejam cortados apenas os galhos que ameaçam os fios de transmissão de energia, sempre na diagonal e rente ao caule para evitar o acúmulo de água e a consequente proliferação de fungos nocivos à planta.

– Historicamente, a Celesc mutila nossas árvores e não só nos casos de emergência – reclama o biólogo Nelcio Lindner.

O gerente regional de Distribuição da Celesc, Cláudio Varella, explica que a estatal tem uma equipe especializada para a poda de árvores que ameaçam a fiação elétrica. Segundo ele, o trabalho de manutenção é orientado pela engenheira florestal da empresa. No entanto, em casos de emergência, quando é feita uma força-tarefa para restabelecer o serviço o mais rápido possível, nem sempre o funcionário que faz o corte é treinado para o trabalho ou tem tempo para executá-lo de forma a preservar a vida da planta.

– Se fôssemos fazer a poda certinha nesses casos, as pessoas ficariam 10 horas sem luz. Daí quero ver quem iria gostar – argumenta Varella.

Para Lindner, a pressa não é desculpa para descuidar das árvores. Ele explica que, nesses casos, o corte deve ser impermeabilizado no dia seguinte, com material adequado, que pode ser tinta de alvenaria. A impermeabilização é importante para cicatrizar o corte e evitar a proliferação de fungos.

Uma maneira de solucionar o problema, sugere o pós-doutorado em Arquitetura, Urbanismo e Meio Ambiente pela Universidade Sorbonne de Paris e professor da Furb, Vilmar Vidor, é transferir a fiação para galerias subterrâneas, como foi feito na Rua XV de Novembro. Varella diz que o custo de implantação inviabiliza a mudança:

– Foi feito um orçamento e só para o Centro seriam necessários R$ 100 milhões

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