sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cada um paga pelo que produz



Actualmente, o imposto anual de resíduos domésticos depende do tamanho da habitação. Uma pessoa sozinha numa casa paga, portanto, mais do que uma família num apartamento, mesmo se esta produz menos resíduos. Tudo vai mudar com esta “taxa geral incitativa”, por enquanto, apenas aplicada ao lixo não reciclado.

Concretamente, os habitantes receberão uma factura, como a factura da água ou da electricidade. Para além de uma taxa fixa de utilização do serviço, o montante da factura dependerá do tamanho dos seus contentores e do número de vezes que foram esvaziados pelos camiões do lixo. Em Dezembro, os habitantes receberão uma simulação da factura individual para poderem ter uma ideia do preço a pagar pela sua produção de resíduos.

De forma a contabilizarem o número de recolhas realizadas, os contentores estão equipados com um código de barras ou com um microchip. Para o Sedre, o Sindicato de eliminação de resíduos da região de Etampes, que engloba 22 500 habitantes, trata-se de um sistema “mais justo e equitativo” e que contribui para a tomada de consciência de cada um sobre a sua produção de resíduos.

Este novo sistema foi desenvolvido como medida de promoção da prevenção e da redução de resíduos, dado que permite uma maior consciencialização de cada habitante. No entanto, já implementado noutras cidades, este só tem um impacto real na quantidade de resíduos produzidos quando enquadrado numa política global de consciencialização. Nos casos em que tal não aconteceu, para além da quantidade de resíduos não ter diminuído, verificou-se ainda um aumento dos casos de aparecimento de novas lixeiras selvagens devido às descargas ilegais de lixo na natureza.

Fonte:
- “Chaque foyer paiera selon ce qu’il jette”,
le Parisien, 9 de Abril , 2010.

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