quinta-feira, 29 de abril de 2010

Embrapa apresenta um motor multicombustível, multiuso e barato.

Embrapa apresenta um motor multicombustível, multiuso e barato: O motor Stirling poderá ser usado carregamento de baterias de pulverizadores, pequenas bombas d’água, sistemas de ventilação ou geração de energia elétrica

Créditos: WikipédiaA Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP) está apresentando no Ciência para a Vida um motor estacionário de funcionamento simples e que pode ser alimentado com qualquer tipo de combustível sólido, líquido ou gasoso. Por ter baixo custo e ser de fácil construção, pode representar uma alternativa nos locais onde não há acesso à rede de energia elétrica.



O pesquisador Aldemir Chaim conduz pesquisa para a construção de motores Stirling para aplicações como o carregamento de baterias de pulverizadores eletrostáticos, pequenas bombas d’água, sistemas de ventilação ou geração de energia elétrica.



O motor Stirling foi inventado pelo britânico Robert Stirling em 1816, mas foi abandonado com o surgimento de motores de combustão interna e elétricos mais potentes e não estacionários, ou seja, capazes de funcionar em diferentes velocidades. Atualmente, a Europa e países como Estados Unidos e Japão estão retomando os estudos sobre essa tecnologia, devido à impossibilidade de se trabalhar com diferentes combustíveis.



No estande da Embrapa Meio Ambiente, um pequeno modelo do motor está sendo alimentado por biodiesel produzido pela Embrapa Agroenergia (Brasília/DF). Ele é capaz de acender uma lâmpada ou carregar uma bateria de telefone celular. Por ser de combustão externa, o motor pode funcionar com outros combustíveis renováveis como álcool, gás natural, carvão e resíduos sólidos, como restos de culturas. Até mesmo a energia solar pode ser utilizada como combustível, com o acoplamento de um sistema de espelhos parabólicos para concentração de calor.



O funcionamento do motor é baseado no aquecimento do ar no interior de um cilindro contendo um pistão deslocador de ar. O calor produzido pela combustão promove o aumento da pressão, e o pistão é forçado a movimentar o virabrequim. O ar quente é bombeado para um sistema recuperador de calor, feito de palha de aço, que filtra o calor. O ar frio resultante, de pressão negativa, faz com que o pistão recue. O ciclo gerador de energia se reinicia com o reaquecimento do ar no cilindro.



O analista e expositor Luiz Guilherme Wadt explica que o motor pode ser construído com diversos tipos de material, inclusive de reuso (sucata), seguindo as instruções da Embrapa Meio Ambiente. "Ele não necessita de válvulas nem de lubrificação. É uma forma barata que o pequeno produtor tem para obter energia e evitar a deposição de resíduos no meio ambiente", completa.



Quem não puder visitar o Ciência para a Vida pode encontrar mais informações sobre o motor na página da Embrapa Meio Ambiente na internet.



FONTE

Embrapa Meio Ambiente

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