quarta-feira, 28 de abril de 2010

A florestação do planeta não serve apenas para reduzir a pegada de carbono.

O aquecimento global e a mudança no clima são temas que se encontram permanentemente em foco na actualidade. Mas o debate sobre o ambiente vai muito para além da emissão de gases com efeito de estufa. Inclui a gestão dos recursos naturais e do lixo,

O aquecimento global e a mudança no clima são temas que se encontram permanentemente em foco na actualidade. Mas o debate sobre o ambiente vai muito para além da emissão de gases com efeito de estufa. Inclui a gestão dos recursos naturais e do lixo, a erosão, a poluição do ar, a sustentabilidade.

A crescente preocupação com os riscos associados ao uso dos combustíveis fósseis está a conduzir a energia renovável cada vez mais à ribalta. É, por isso, que muitos governos e organizações estão a promover o uso das energias renováveis de várias formas, como acontece com o nosso país com a energia eólica.

Entraves ao renovável
O interesse das empresas em mudar para a energia renovável tem uma série de entraves. O primeiro deles é o custo. O segundo é a falta de uma vontade política concertada, no âmbito das Nações Unidas, que transmita um sinal claro de mudança do paradigma energético.

A falta de acordo da Cimeira de Copenhaga constituiu, por exemplo, um entrave para a vontade de União Europeia, de elevar a sua meta de redução de emissão de CO2 para não perder competitividade em relação a outras economias.

Actualmente a energia renovável é mais cara de produzir do que a dos combustíveis fósseis. Só que o crescimento do preço destes devido, não tanto pela sua escassez, mas mais pelos custos crescentes da sua exploração, pode contribuir para inverter essa relação.

Mas a descarbonização global da economia mundial não é esperada no curto prazo, até porque o valor previsto para que isso aconteça é superior a 7,4 mil milhões de euros, e implica a necessidade do envolvimento de todos. A acrescentar a isto, e apesar dos avanços tecnológicos, a energia renovável ainda é considerada menos fiável e previsível do que a dos combustíveis fósseis.

O movimento do sol, água e vento está sujeito a flutuações frequentes, e o armazenamento da energia gerada é um desafio mais difícil de enfrentar do que o de armazenar petróleo ou carvão. E nenhuma empresa quer defrontar-se com a perspectiva de ser desligada durante horas ou mesmo dias, porque o sol não se mostrou o suficiente ou a intensidade do vento é baixa.

Finalmente há a questão da acessibilidade. Nalguns países, como a Escócia, os fornecedores oferecem aos seus clientes a oportunidade de dispor de parte ou de toda a energia que precisam a partir de fontes de energia renovável. Mas esta opção não existe em economias em desenvolvimento com grande dependência dos combustíveis fósseis. É evidente que as empresas podem optar por construir as suas próprias centrais de energia renovável no local, mas essa mudança é dispendiosa e arriscada. A tecnologia actual permite elevar a proporção de energia renovável necessária para suprir as necessidades mundiais para valores muito mais altos. Mas concretizar este potencial depende tanto da tecnologia como da política.

Eficiência energética
Isto não acaba aqui. O contributo da humanidade para um melhor planeta também passa pelo uso mais eficiente da energia, algo que começa em casa de cada um, com pequenos gestos como o apagar das luzes ou da chama do esquentador quando não são necessários. E vai até ao uso mais racional dos recursos por parte das empresas e instituições, onde se tem sentido avanços no sentido da reciclagem ou do uso mais racional do papel, entre outras coisas.

A florestação do planeta contribui para a diminuição da denominada pegada de carbono, mas também é essencial para diminuir a erosão e todos os seus efeitos nefastos. É, pois, preciso fazer um uso mais racional da produção florestal e agrícola, para melhorar o coberto vegetal e explorar os solos de forma mais sustentada, numa visão integrada do uso dos recursos, para além da necessidade imediata de maximização dos lucros.

Tudo isto tem a ver com equilíbrio, com a capacidade da Terra ser, ou não, um bom lugar para viver no futuro. Queremos pensar no nosso bem estar de hoje, ou queremos um planeta melhor para os nossos descendentes? Eu prefiro a opção de longo prazo.

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