ador do Comitê de Ações Emergenciais e secretário de Meio Ambiente, Luis Eduardo Peixoto, participou na manhã de ontem, de uma reunião com prefeitos de 11 cidades atingidas pelas chuvas no Estado do Rio. O encontro foi realizado na sede da Prefeitura de Niterói e teve a presença do governador Sergio Cabral e do ministro de Integração Nacional, João Santana.
O principal objetivo do encontro foi o de traçar uma avaliação do estrago das chuvas que caíram no estado a partir da tarde de segunda-feira, que já causaram 119 mortes, e definir investimentos e ações necessárias para a recuperação dos municípios prejudicados. “Vale ressaltar que todo trabalho preventivo realizado pela Prefeitura diminuiu o impacto das fortes chuvas que atingiram a cidade. O estrago poderia ter sido muito pior. Em outros momentos, com esse volume de água, muitas famílias já teriam sido prejudicadas”, afirmou Mustrangi. O prefeito ainda ressaltou que todo o relatório com os danos no município foram entregues ao ministro Santana e será encaminhado por ele diretamente ao presidente Lula. “Estamos tomando todas as medidas para garantir verbas junto aos governos federal e estadual para atender as demandas de obras emergenciais que surgiram com o problema das chuvas”
A reunião foi dividida em duas partes. A primeira, com a participação de Cabral e do ministro, os prefeitos puderam realizar uma explanação dos problemas de cada município. Após esse processo, os representantes federais explicaram sobre a situação da liberação de recursos e a possibilidades de ajuda imediata a médio e longo prazo para os municípios atingidos. Por fim, foi realizada uma exposição das medidas que vêm sendo e ainda serão adotadas pelo governo estadual para a recuperação dessas localidades.
Na segunda parte da reunião, os prefeitos e representantes dos governos federal e estadual fizeram um levantamento das necessidades de cada município. Estavam presentes os prefeitos de Niterói, a cidade mais castigada, com até gora 60 mortos em deslizamentos, São Gonçalo, Tanguá, Itaboraí, Rio Bonito, Nilópolis e Magé, todas na Região Metropolitana, Araruama, Saquarema e Cachoeiras de Macacu, as três na Região das Baixadas Litorâneas, além de Petrópolis.
Participaram da reunião, representando o governo federal, a secretária nacional de Defesa Civil, Ivone Maria Valente e o secretário nacional de Assistência Social à Saúde, do Ministério da Saúde, Alberto Beltrami. Já pelo governo estadual, além de Cabral, participaram da reunião o vice-governador Luiz Fernando Pezão e vários secretários e presidentes de autarquias estaduais.
70 mil kits para vítimas
Algumas medidas foram tomadas na primeira etapa da reunião, com o governo federal se comprometendo a priorizar a liberação de recursos e de qualquer outro tipo de ajuda para o Estado do Rio. Uma delas é a distribuição de mais de 70 mil kits de alimentação, vestuários, colchões e colchonetes e remédios por parte do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil para as, até agora, mais de oito mil famílias desabrigadas e desalojadas pelas chuvas. A distribuição será feita por intermédio da Subsecretaria Estadual de Vigilância Sanitária.
Ainda na área de saúde, Sérgio Cabral disse que haverá uma série de ações preventivas contra doenças consequentes das inundações, como leptospirose, hepatite e desinteria. Essas ações vão desde a orientação à população, em geral, e às famílias atingidas, em particular, até a preparação adequada das unidades de atendimento de saúde básica, como as emergências hospitalares, as UPAs 24 Horas e os postos de saúde municipais.
Outras medidas nesta área abrangem o imediato reparo das unidades de saúde de qualquer nível de governo prejudicadas pelas chuvas; a criação de clínicas da família em toda a Região Metropolitana, priorizando as áreas atingidas pelas inundações e deslizamentos de encostas; e a incorporação o mais rápido possível de novas ambulâncias, doadas pelo governo federal, à frota do Samu, suficientes para atender a demandas do estado, especialmente dos municípios mais prejudicados pela catástrofe.
Facilidade para construção de casas
Outra questão importante decidida pelo governo federal é a transferência de 4.080 unidades habitacionais do Rio, Niterói e Guapimirim do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), administrado pela Caixa Econômica Federal, para o Programa Minha Casa, Minha Vida, do Ministério das Cidades, baixando em 95% o custo para sua aquisição. Esta medida é será um facilitador para que as pessoas desabrigadas, sobretudo as que moram em áreas de risco, possam ser transferidas para lugares seguros.
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