segunda-feira, 3 de maio de 2010

Os Desastres Ecológicos pelo Mundo

Na postagem anterior terminei citando uma frase de Albert Einstein: “Nenhum problema pode ser resolvido com o mesmo nível de consciência que o gerou”. É partindo deste princípio que devemos tirar as lições dos desastres ecológicos para evitar que os mesmos aconteçam novamente, tentei usar imagens não tão chocantes para ilustrar o artigo, os produtos nucleares e derivados do petróleo foram os grandes vilões destes acontecimentos no mundo:
Derrame do Prestige (2002) – Presente de grego
O petroleiro grego Prestige naufragou na costa da Espanha, despejando 11 milhões de litros de óleo no litoral da Galícia. A sujeira afetou 700 praias e matou mais de 20 mil aves. Em comparação com o Exxon Valdez, a quantidade de óleo derramado foi menor, e a biodegradação do produto foi facilitada pelas temperaturas mais altas. Nos meses seguintes ao desastre, o submarino-robô Nautile soldou o navio afundado a 3600 metros de profundidade.
Queima de petróleo no golfo Pérsico (1991) – Crime de guerra

Obrigado a deixar o Kuwait, nação que havia invadido, o ditador iraquiano Saddam Hussein ordenou a destruição de cerca de 700 poços de petróleo no país. Mais de 1 milhão de litros de óleo foram lançados no golfo Pérsico ou queimados. Como a fumaça dos poços bloqueou a luz do Sol e jogou um mar de fuligem no ar, ao menos mil pessoas morreram de problemas respiratórios. A mancha viscosa de 1 500 km2 matou 25 mil aves e emporcalhou 600 quilômetros da costa. Como o petróleo se infiltrou no solo, as sementes não germinam, 40% da água subterrânea foi contaminada e a terra quase não absorve água.
Derrame do Exxon Valdez (1989) – Gelada ecológica

Em março de 1989, o petroleiro Exxon Valdez colidiu com rochas submersas na costa do Alasca e deu início ao mais danoso derramamento de óleo por um navio. O saldo do despejo de 40 milhões de litros de óleo incluiu 100 mil aves mortas e 2 mil quilômetros de praias contaminadas. O problema se agravou porque, no frio, o óleo demora para se tornar solúvel e ser consumido por microorganismos marítimos – a biodegradação ocorre com eficácia apenas a partir dos 15 ºC. Apesar da limpeza, que mobilizou 10 mil pessoas, cerca de 2% do petróleo continuam poluindo a costa da região.

Poluição em Minamata (1956) – Vergonha oriental
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Imagem W. EUGENE SMITH, «Tomoko no banho», Minamata, Japão, 1972.
Em 1956, pescadores dessa baía japonesa começaram a ter uma doença batizada de mal de Minamata, que causava paralisias e podia matar. Logo ficou claro que os casos surgiram porque uma indústria de fertilizantes, a Chisso Corporation, lançou durante quatro décadas 27 toneladas de mercúrio no oceano, contaminando peixes e frutos do mar. Mais de 3 mil pessoas adoeceram e centenas morreram. A região só foi declarada livre de mercúrio em 1997, quando as redes que impediam os peixes contaminados de nadar para outras águas foram retiradas.
Vazamento  em Bhopal (1984) – Omissão fatal
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Imagem Tehelka

Na madrugada de 3 de dezembro de 1984, 45 toneladas de gases tóxicos vazaram de um tanque da fábrica de agrotóxicos da Union Carbide, em Bhopal, na Índia. Depois do acidente, a empresa simplesmente abandonou o local e 2 500 pessoas morreram pelo contato com as substâncias letais. Outras 150 mil sofreram com queimaduras nos olhos e pulmões.  O que consta é que até hoje, o solo e a água têm altos níveis de metais pesados e derivados de cloro cancerígenos.
Explosão de Chernobyl (1986) – O preço do descaso

“Camaradas, pela primeira vez, enfrentaremos a energia nuclear fora de controle.” Com essas palavras, o presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev anunciava, em abril de 1986, o pior acidente nuclear da história: a explosão de um dos quatro reatores de Chernobyl, na Ucrânia (uma ex-república soviética).Foi liberada uma radiação 90 vezes maior que a das bombas de Hiroshima e Nagasáki. Além das 32 pessoas que morreram na hora, outras 10 mil perderam a vida nos anos seguintes. A nuvem nuclear que atingiu a Europa contaminou milhares de quilômetros de florestas e causou doenças em mais de 40 mil pessoas.
Bombas de bombas de Hiroshima e Nagasáki (1945) – Pesadelo atômico

Tidas como um marco do horror nuclear, as duas explosões de agosto de 1945 mataram entre150 mil e 220 mil japoneses – as estimativas não são precisas porque os documentos militares da época foram destruídos. Até 1 quilômetro do centro da explosão, quase todos os animais e plantas morreram com as ondas de choque e calor. Em 58 anos, a radiação aumentou em 51% a ocorrência de leucemia. Hoje, as duas cidades já possuem índices de radiação aceitáveis.
Considerações
É claro que a catástrofes gigantescas diminuiram, mas não estamos livres de guerras e desavenças entre países, mesmo com tecnologia avançada, vazamentos de petróleo ainda ocorrem. O acontecido em Minamata, foi um dos primeiros casos que fizeram a  humanidade perceber e se preocupar com os problemas ambientais a partir do momento em que estes passaram a influenciar diretamente na nossa qualidade de vida, foi preciso uma desgraça como essa acontecer para houvesse uma reflexão e mudança nos padrões de tratamentos de efluentes das indústrias, além de filtros nas empresas entre outra medidas.
Um coisa é certa,  quando tragédias desta escala acontecem, quem sofre os maiores danos são pessoas inocentes e as espécies animais e vegetais que vêem seu habitats destruídos e modificados de uma hora para outra.

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