A Amazônia vai receber, nos próximos três anos, R$ 51 milhões para investimentos em programas de preservação ambiental. Os recursos virão do Fundo Vale, lançado ontem em São Paulo, durante um Fórum sobre o combate ao desmatamento ilegal na região. Idealizado no ano passado, o Fundo já está financiando oito projetos executados por sete das principais Organizações Não Governamentais da área ambiental com atuação nos Estados por onde se espalha o bioma Amazônico. Os recursos serão distribuídos em três áreas: monitoramento; consolidação e criação de áreas protegidas e promoção de municípios verdes.
O trabalho para consolidar áreas protegidas está sendo feito nas regiões da Calha Norte, na terra do meio - considerada uma das maiores reservas de biodiversidade do planeta - e no arquipélago do Marajó que, apesar da riqueza do ecossistema ainda abriga poucas unidades de conservação. Nessas áreas, a meta é garantir que a unidade destinada legalmente à preservação não seja apenas um desenho no mapa. A idéia é criar alternativas de renda para comunidades nativas que garantam a sobrevivência dessas populações com baixo impacto sobre a floresta. Pesquisas indicam que só nas unidades de conservação da Calha Norte é possível gerar renda de R$ 4 bilhões nos próximos 20 anos sem danos à natureza desde que os recursos sejam explorados de maneira sustentável obedecendo ao manejo.
Na área de monitoramento, os recursos estão sendo aplicados num programa desenvolvido pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazom) que já fazia o acompanhamento do desmatamento na região e agora está ampliando o trabalho. O pesquisador do Instituto, Adalberto Veríssimo, explica que hoje o Imazom já faz um mapa das áreas desmatadas. O próximo passo será fazer um mapa de regiões que estão sob risco de devastação iminente. Será uma espécie de alerta que vai ajudar os órgãos públicos que têm a missão de combater a devastação da floresta. A divulgação desses dados deve começar entre julho e agosto deste ano.
O projeto de Promoção de Municípios Verdes vai trabalhar inicialmente com cinco cidades paraenses. A primeira a ser beneficiada foi Paragominas que ficou famosa no País como um dos lugares com maior índice de desmatamento e acaba de sair da lista de desmatadores do Ministério do Meio Ambiente. Entre 2007 e 2009, a derrubada da floresta no município sofreu redução de 93%. Presente ao lançamento do Fundo Vale, o prefeito do município, Adnan Demchki, diz que essa performance só foi possível porque houve um pacto entre governo, município e empresários locais. Um instrumento importante foi o Cadastro Ambiental Rural (CAR) que já conseguiu a adesão de cerca de 80% dos proprietários de terras do município.
Passada a fase do combate ao desmatamento, Paragominas se preparada agora para oferecer produtos com selo de “legal e sustentável”. Além de Paragominas, o trabalho será realizado em São Félix, Novo Progresso e Almerim. Como neste último o índice de desmatamento é baixo, será uma espécie de projeto piloto de como evitar o avanço sobre a floresta.
“Este é um projeto que tem capacidade multiplicadora”, disse a diretora do Fundo Vânia Somavilla para quem a Vale está deixando de ser apenas um operador responsável. Por operador responsável entenda-se a empresa que minimiza os impactos da própria atividade. “Nós estamos indo além pensando no futuro do planeta”, diz. “Estamos investimento em projetos em áreas onde a Vale não atua e dificilmente atuará como o Marajó”, reforça Guto Quintela, membro do conselho gestor do Fundo. (Diário do Pará)
O trabalho para consolidar áreas protegidas está sendo feito nas regiões da Calha Norte, na terra do meio - considerada uma das maiores reservas de biodiversidade do planeta - e no arquipélago do Marajó que, apesar da riqueza do ecossistema ainda abriga poucas unidades de conservação. Nessas áreas, a meta é garantir que a unidade destinada legalmente à preservação não seja apenas um desenho no mapa. A idéia é criar alternativas de renda para comunidades nativas que garantam a sobrevivência dessas populações com baixo impacto sobre a floresta. Pesquisas indicam que só nas unidades de conservação da Calha Norte é possível gerar renda de R$ 4 bilhões nos próximos 20 anos sem danos à natureza desde que os recursos sejam explorados de maneira sustentável obedecendo ao manejo.
Na área de monitoramento, os recursos estão sendo aplicados num programa desenvolvido pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazom) que já fazia o acompanhamento do desmatamento na região e agora está ampliando o trabalho. O pesquisador do Instituto, Adalberto Veríssimo, explica que hoje o Imazom já faz um mapa das áreas desmatadas. O próximo passo será fazer um mapa de regiões que estão sob risco de devastação iminente. Será uma espécie de alerta que vai ajudar os órgãos públicos que têm a missão de combater a devastação da floresta. A divulgação desses dados deve começar entre julho e agosto deste ano.
O projeto de Promoção de Municípios Verdes vai trabalhar inicialmente com cinco cidades paraenses. A primeira a ser beneficiada foi Paragominas que ficou famosa no País como um dos lugares com maior índice de desmatamento e acaba de sair da lista de desmatadores do Ministério do Meio Ambiente. Entre 2007 e 2009, a derrubada da floresta no município sofreu redução de 93%. Presente ao lançamento do Fundo Vale, o prefeito do município, Adnan Demchki, diz que essa performance só foi possível porque houve um pacto entre governo, município e empresários locais. Um instrumento importante foi o Cadastro Ambiental Rural (CAR) que já conseguiu a adesão de cerca de 80% dos proprietários de terras do município.
Passada a fase do combate ao desmatamento, Paragominas se preparada agora para oferecer produtos com selo de “legal e sustentável”. Além de Paragominas, o trabalho será realizado em São Félix, Novo Progresso e Almerim. Como neste último o índice de desmatamento é baixo, será uma espécie de projeto piloto de como evitar o avanço sobre a floresta.
“Este é um projeto que tem capacidade multiplicadora”, disse a diretora do Fundo Vânia Somavilla para quem a Vale está deixando de ser apenas um operador responsável. Por operador responsável entenda-se a empresa que minimiza os impactos da própria atividade. “Nós estamos indo além pensando no futuro do planeta”, diz. “Estamos investimento em projetos em áreas onde a Vale não atua e dificilmente atuará como o Marajó”, reforça Guto Quintela, membro do conselho gestor do Fundo. (Diário do Pará)
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