Taí uma coisa que ninguém pensa: o quanto de poluição gera uma prova de F1. Pois acredite: é muita – afinal, são carros com motores imensos, muito potentes, em alto giro e, claro, nem pensar em catalisador. Isso sem falar em aviões rodando o mundo transportando toneladas de equipamentos e muito, muito mais.
Por isso, a Associação das Equipes de F1 (Fota) revelou que tem projetos para cortar (a partir dos níveis de 2009) em até 15% as emissões nos próximos três anos.
A Fota disse que a categoria é a primeira a ter um programa abrangente e auditável (ou seja, com verificação externa independente) de redução da chamada "pegada de carbono".
Além disso, outras ambições incluem dobrar a eficiência energética dos motores – algo que, um dia, acreditam as equipes, acaba sendo levado para os carros.
De acordo com reportagem da BBC, fontes ligadas ao assunto dizem que há uma forte pressão dos patrocinadores, que estão doidos para serem ligados a um produto "verde".
A auditoria foi feita pela consultoria Trucost. "Fomos capazes de analisar todos os fatores de emissão de carbono, da logísticas aos motores em si", disse à BBC Richard Mattiso, COO da empresa.
Os motores dos carros, tanto em corridas como em testes, responderam por apenas uma pequena parte do total das emissões – mesmo com a absurda consumo de 2,1 km por litro de combustível.
Cerca de metade das emissões são provenientes dos itens que as equipes compram, outros fatores são os caminhões e aviões que transportam os equipamentos pelo mundo, e a eletricidade – muito dela é consumida nos testes em túneis de vento.
Além disso, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e a Fota estão trabalhando para que as regras da categoria em 2013 sejam adequadas para o objetivo de aumentar a eficiência dos motores – ou seja, mesma ou mais potência, mesmo ou menos consumo de gasolina.
Uma das opções, inclusive, é limitar a quantidade da combustível que os times podem usar ao longo do ano.
Atualmente, cada F1 queima cerca de 160kg (sim, é assim que é medido na categoria) de gasolina por corrida, com o motor aspirado V8 de 2.4 litros.
A ideia é que os motores sejam mais compactos, de 1.5 litro, com quatro cilindros em linha ou V6, com a volta do turbo.
Então, o limite de cada carro seria baixado um pouco a cada temporada, até chegar em uns 80kg daqui a cinco anos. E isso tudo mantendo-se a potência.
Para cortar o resto, a auditoria propôs um calendário mais racional, com melhor coordenação das provas na Ásia, Europa e Américas.
Por Renato Rodrigues
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