Independente do método utilizado ( desde a complexa geoengenharia de removedores artificiais de CO2 à métodos mais simples como projetos de reflorestamento), remover carbono da atmosfera irá provavelmente necessitar de décadas ou até séculos de comprometimento se for para realmente revertermos o quadro do aquecimento global. Isso foi o que afirmaram os cientistas do Carnegie Institute.
Os pesquisadores descobriram que remover o dióxido de carbono lançado na atmosfera pelas atividades humanas provoca uma diminuição das temperaturas, mas isto corresponde apenas a menos da metade do aquecimento provocado pela emissão de CO2.
Mas por que remover todo o dióxido de carbono extra tem um efeito tão pequeno? De acordo com os cientistas existem duas razões primárias. Primeiro, porque cerca da metade de todo o dióxido de carbono emitido a partir de combustíveis fósseis durante os últimos dois séculos foram absorvidos pelos oceanos, ao invés de ficarem na atmosfera. Quando o dióxido de carbono é então removido do ar, ele é parcialmente substituído pelo gás proveniente do oceano. Em segundo lugar, a rápida queda de concentração de CO2 na atmosfera e a mudança da temperatura da superfície altera o balanço do ciclo de carbono terrestre, ocasionando que as emissões de CO2 da terra excedam o que é capturado pelas plantas. Como resultado disto, o dióxido de carbono é então lançado novamente a atmosfera.
De acordo com simulações realizadas pela equipe (que não focaram em nenhum dos métodos de remoção de CO2) cada 100 bilhões de toneladas de carbonos removidos devem reduzir cerca de 0,16ºC da temperatura média global.
Os pesquisadores também sugerem que para que as ações sejam efetivas, mesmo que se reduzam as emissões a “zero”, “um plano prudente deve envolver a prevenção de emissões de CO2 agora ao invés de limpá-la no futuro”.
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