O governo australiano lançou durante o final de semana uma proposta para que o setor agrícola e florestal possa desenvolver projetos de carbono e vender internacionalmente compensações de emissão enquanto manifestantes lotaram as ruas das principais cidades em eventos a favor de ações para mitigar as mudanças climáticas.
A primeira ministra Julia Gillard anunciou o programa, que reconheceria créditos de aflorestamento/reflorestamento, melhoria do manejo florestal e da savana, conservação do carbono no solo, desmatamento evitado e redução das emissões do rebanho e do uso de fertilizantes, como parte da sua campanha política para as eleições em 21 de agosto.
Padrões nacionais seriam utilizados para a verificação dos projetos, que de acordo com o governo podem gerar $A 500 milhões ao longo de dez anos e a redução de 21 milhões de toneladas em emisões até 2014, reportou a Carbon Positive. Mais detalhes seriam liberados em 2011.
A proposta da oposição Liberal-Nacional envolve um fundo de A$ 3 bilhões e forte oposição ao comércio de emissões. Grande parte destes recursos seriam gastos com a compra de compensações de carbono provenientes da conservação do carbono no solo.
Enquanto isso no domingo, milhares de australianos saíram às ruas de Canberra, Melbourne, Adelaide, Brisbane, Perth, Darwin e Hobart para protestar contra a inação em relação às mudanças climáticas. Em Sidney, os cerca de 10 mil manifestantes se reuniram no distrito empresarial para a a “Caminhada contra o Aquecimento”.
O esquema nacional compulsório para o limite e comércio de emissões na Austrália foi adiado pelo governo até 2012 e o sistema voluntário Greenhouse Friendly offset scheme, que estava vigente até o meio de 2010 não foi perpetuado deixando os projetos sem mercado doméstico.
Envolverde/CarbonoBrasil
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