terça-feira, 10 de agosto de 2010

Impacto de hidrelétricas deverá ser pequeno no Parque do Turvo.

Salto do Yucumã, no Rio Uruguai, não seria afetado por lagos de hidrelétricas

Do trecho de 40 quilômetros do Rio Uruguai às margens do Parque Estadual do Turvo, no município de Derrubadas, no noroeste gaúcho, pouco mais de 10% devem ser afetados pelas duas hidrelétricas que serão construídas na região. A projeção é do engenheiro ambiental Luiz Mendonça, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), com base nos dados informados até agora pelo governo federal.

O Salto do Yucumã, no Rio Uruguai, é um dos mais extensos do mundo - Tadeu Vilani, BD
O Salto do Yucumã, no Rio Uruguai, é um dos mais extensos do mundo
Foto:Tadeu Vilani, BD

Apontado como uma das sete maravilhas do Estado, o Salto do Yucumã deve mesmo ficar imune ao impacto das obras, conforme assegurou a ZH o ministro de Minas e Energia, Marcio Zimmermann. De acordo com o ministério, a barragem da usina de Panambi, a mais próxima do parque, ficará a 130 metros acima do nível do mar.

Um dos maiores saltos longitudinais do mundo, com 1,8 quilômetro, o Yucumã não seria atingido por estar, no ponto mais baixo, cinco metros acima da cota do lago da hidrelétrica, explica Mendonça.

Estimativa de custo das duas hidrelétricas é de R$ 8 bilhões

No Parque do Turvo, apenas 4,2 quilômetros do trecho do rio devem ser afetados, o equivalente à distância a ser percorrida margem acima até chegar ao ponto com os mesmos 130 metros da barragem. A área alagada, entretanto, será provavelmente pequena, diz o engenheiro.

– Naquele local, o rio corre encaixado entre morros – explica Mendonça.

A conclusão vai ao encontro das estimativas do governo federal. Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do ministério, Altino Ventura Filho, apenas uma parcela do parque será afetada, mas a área alagada seria equivalente à extensão inundada em época de cheia.

Projeto conjunto entre Brasil e Argentina, as hidrelétricas de Garabi e Panambi devem custar R$ 8 bilhões e gerar 2 mil megawatts (MW). As obras têm início previsto para 2013.

ZERO HORA

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