André Mascarenhas
Com um discurso de exaltação à união nacional, Gabeira, que é deputado federal, pediu que Serra, caso eleito, mantenha uma relação republicana com o governador reeleito do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Segundo ele, a aposta de Serra na unidade é importante como antídoto a uma “eleição raivosa”. “É uma unidade nacional que leva em conta a importância dos Estados”, acrescentou.
Ao lado de Serra e de outros políticos do PSDB, Gabeira ressaltou seu apoio, “desde o primeiro turno”, ao candidato tucano. “Não é segredo o meu apoio à candidatura José Serra desde o primeiro turno”, disse. Na primeira rodada do pleito, Gabeira deu palanque para Serra e para a candidata do PV à Presidência, Marina Silva.
O tucano, por sua vez, saudou o deputado verde como “o melhor quadro” de sua geração. “Pra mim, ter o apoio de Gabeira não tem só um significado político. Tem um significado pessoal e psicológico também”, acrescentou.
O ato em apoio a Serra aconteceu no comitê do candidato derrotado do PV ao governo de São Paulo Fábio Feldmann, que também formalizou seu apoio ao tucano. Um dos fundadores do PSDB, Feldmann foi muito elogiado por Serra e por outras lideranças tucanas que participaram do evento.
Semelhanças. Serra aproveitou a oportunidade para sublinhar a ligação do PSDB com o PV em São Paulo. Lembrou ter convidado o médico sanitarista Eduardo Jorge, do PV, para integrar seu secretariado na prefeitura de São Paulo e a contribuição de Feldmann na criação de uma política de mudanças climáticas para o Estado.
“Os apoios de hoje não têm um caráter só eleitoral. Tem um caráter programático”, disse o tucano, que acrescentou: “Essa aliança é pela sustentabilidade do crescimento do nosso País. Sustentabilidade do crescimento econômico e sustentabilidade das condições ambientais.”
O tucano, entretanto, criticou a demora para a obtenção de licenças ambientais no País. “Nós temos que criar vias mais rápidas para as questões ambientais”, disse. E defendeu a revisão do projeto da usina de Belo Monte, que classificou como um “tremendo atropelo”.
Código Florestal. Também presente no ato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou as propostas de revisão do Código Florestal que anistiem desmatadores. Segudo FHC, as candidaturas do PSDB e do PT são completamente diferentes. “Uma defende a sustentabilidade, a aoutra o crescimento a qualquer preço”, disse.
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