De acordo com a Semadur, há previsão de ampliação dos pontos de recolhimento, que deverão ser divulgados posteriormente.
Nos últimos meses, diversas ações da Prefeitura de Campo Grande aproximaram a cidade em direção à conservação do meio ambiente. Agora, por exemplo, os campo-grandenses já contam com um serviço de destinação do óleo de cozinha: foi lançado no último sábado (23/10), no Mercado Municipal, o Programa de Coleta e Reciclagem de Óleos Residuais de Cozinha (Recol). O programa é uma das ações previstas para a coleta seletiva da cidade, que deverá ser plenamente implementada até o fim de 2011.
O óleo de cozinha usado é um resíduo que não pode ser misturado com outros tipos de lixo, mas pode ser reaproveitado para outros fins e ainda trazer retorno financeiro. Com o Recol, o óleo deixa de ser um problema ambiental e passa a ser oportunidade de renda para empresários locais. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), pasta responsável pela execução do projeto, destinará o óleo arrecadado nos postos de coleta às empresas parceiras, que deverão reutilizar o material e transformá-lo em outros produtos, tais como biodiesel, ração animal, sabão, detergentes e outros derivados, além de dar a destinação correta aos subprodutos resultantes do processamento do óleo.
O Recol também ajuda a promover a consciência ambiental não só entre os habitantes da cidade, mas, também, entre os grandes geradores do resíduo, tais como restaurantes, escolas, mercados e outros empreendimentos. Para o responsável pela Semadur, secretário Marcos Antonio Moura Cristaldo, esta é uma grande oportunidade da cidade agir em prol do meio ambiente. “Estamos executando um projeto sério de coleta seletiva, mas tanto o cidadão como os estabelecimentos que geram determinados tipos de resíduos precisam cada qual fazer sua parte. Com esse projeto, o objetivo é fazer a destinação correta do óleo, evitando que o solo e o lençol freático sejam contaminados. Para tanto, já fizemos parcerias na cidade com três empresas que atuam no ramo e que agem conforme o que pedem as normas ambientais”, explica.
Ainda de acordo com o secretário, a divulgação do programa para a população e parcerias fechadas com empreendimentos e condomínios podem resultar no recolhimento de até 200 mil litros de óleo a cada mês, quando o programa estiver em pleno funcionamento. Somente no Mercado Municipal, local onde o projeto foi lançado, a arrecadação será de cerca de 200 litros de óleo por dia.
O prefeito Nelson Trad Filho revelou estar empolgado com o programa. "Essa ação nos coloca indiscutivelmente numa posição avançada no que se refere às políticas ambientais. Ainda temos muito a fazer, mas este é um passo importante. Tanto o cidadão como os empreendimentos agora precisam cooperar para que o óleo tenha a destinação correta", alerta.
Consciência ambiental
Ronald Kanashiro, presidente da Associação de Comerciantes do Mercado Municipal, relata que o programa de destinação de óleo faz com que os comerciantes reafirmem o compromisso com o meio ambiente. “Já havia um mercado informal desse óleo, mas com o programa da prefeitura, passamos a ter a certeza de que a destinação será a mais adequada”, revela. O Mercadão Municipal foi o primeiro estabelecimento da cidade a fechar acordo para a destinação do óleo. “Estamos satisfeitos e comemorando por sermos uma extensão dos projetos desenvolvidos pela prefeitura”, conclui Ronald.
No mesmo sentido, quem também comemora esse avanço da cidade é o empresário Elias Alves, proprietário da Kardol, parceira da prefeitura no programa. Especializada em recursos renováveis, o processamento do óleo executado pela empresa de Elias é amparado nas normas da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e seguem mecanismos de desenvolvimento limpo. “Todo o nosso trabalho será focado em reduzir o consumo de derivados de petróleo e tentará produzir o mínimo possível de resíduos, pois cada subproduto ganhará uma destinação. No final, vamos ter matéria-prima tanto para a construção de sabão como para biodiesel e biogás, explica Elias.
Passo a passo
Para fazer a destinação correta do óleo, o campo-grandense precisa alojar o matérial já frio em garrafas pet e se deslocar a um dos pontos de coleta - que ficam no Mercadão Municipal, na Feira Central e nos Ecopontos Bálsamo e São Conrado - e despejar o óleo nos galões destinados especialmente para o programa. De acordo com a Semadur, há previsão de ampliação dos pontos de recolhimento, que deverão ser divulgados posteriormente.
Assim como o óleo residual de cozinha, o recolhimento de outros materiais poluentes, tais como lâmpadas florescentes e incandescentes, pilhas, baterias e até sucatas de aparelhos eletrônicos (como televisores, monitores, computadores e outros), também farão parte do programa de coleta seletiva em implantação. Em breve, locais específicos para destinação serão divulgados pela prefeitura.
Fonte: CG Notícias
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