sábado, 16 de outubro de 2010

Sustentabilidade preocupa autoridades britânicas.

Arenas olímpicas serão adaptadas para se adaptar às necessidades da cidade e apartamentos da vila olímpica terão moradores selecionados previamente

Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
 
“Não estamos construindo tantos equipamentos quanto Sidney e Pequim. Vamos usar estruturas reversíveis e aproveitar locais já existentes, como Wimbledon”, explicou o chefe da autoridade pública de Londres, David Higgins
A sustentabilidade econômica – ou, trocando em miúdos, como fazer para as estruturas construídas para os jogos olímpicos não se tornem elefantes brancos – é uma das preocupações das autoridades do projeto Londres 2012. O futuro da Vila Olímpica, por exemplo, será definido com base num estudo. O objetivo é descobrir o perfil das pessoas que deverão morar no local após os jogos, levando em conta a capacidade de adaptação à oferta de emprego e aos sistemas de saúde e educação.

O Estádio Olímpico é outro exemplo. Ele será construído com capacidade temporária para 80 mil pessoas – uma exigência do Comitê Olímpico Internacional para a realização da cerimônia de abertura dos Jogos – e, ao fim da competição, será convertido para 25 mil lugares e continuará servindo para competições de atletismo, além de outros eventos artísticos e culturais. A medida visa a adequar o estádio à realidade local e a mantê-lo viável economicamente.

“Não estamos construindo tantos equipamentos quanto Sidney e Pequim. Vamos usar estruturas reversíveis e aproveitar locais já existentes, como Wimbledon”, explicou o chefe da autoridade pública de Londres, David Higgins.

Os organizadores brasileiros também manifestam a preocupação de deixar um legado sem elefantes brancos. Segundo o diretor de Relações Internacionais da Rio 2016, Agemar Sanctos, 20% das instalações dos Jogos serão temporárias. Presente no seminário desta quinta-feira, ele também destacou que é preciso investir em estruturas já existentes.

“A estrutura de trens do Rio é tão extensa quanto a de Londres. A diferença é que está degradada. É preciso modernizar as estações e os trens”, disse.

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