terça-feira, 26 de maio de 2009

Como reduzir a conta de energia e ajudar o meio ambiente

www.segs.com.br - Fonte ou Autoria é : Mariana Azevedo
* Marcos Arino Oliveira

Quando se fala em preservação ambiental no tocante à tecnologia da informação, logo vêm à mente gastos vultosos com novas tecnologias e infra-estrutura. Porém, economia de energia e preservação do meio ambiente podem perfeitamente andar de braços dados.

Se o datacenter consome energia de maneira eficiente é natural que ocorram reduções das emissões de gás carbônico e também dos gastos com eletricidade.

Muitos departamentos de TI estão colocando as chamadas iniciativas “verdes” em segundo plano e focando, em vez disso, medidas imediatas de redução de despesas. E isso é uma pena, porque um datacenter ecologicamente eficiente é um centro de dados eficiente também em termos de custos,

Energia, CO2 e gastos estão todos co-relacionados em um ambiente de TI. Como? O envio de e-mails e a realização de compras online, por exemplo, envolvem um ou mais datacenters consumidores de energia que, ao ser produzida, implica na emissão de mais CO2 na atmosfera. Agora, multiplique as interações e transações individuais pela Internet por bilhões e dá para imaginarmos os custos enormes em termos de infraestrutura de datacenter, energia e impacto ambiental.

É por isso que a necessidade de uma maior eficiência energética no datacenter está aumentando rapidamente. A previsão é que o consumo total de eletricidade em centros de dados em todo o mundo duplique entre 2005 e 2010. Isso exigiria uma capacidade adicional de energia equivalente à construção de mais de dez usinas elétricas de 1.000 megawatts.

Entretanto, cortar os gastos com o consumo de elétrons nos setores de TI requer um olhar muito cuidadoso sobre como esse dispêndio acontece. Na ponta do lápis, de acordo com o site www.thegreengrid.org, vê-se que 70% da força elétrica recebida pelo datacenter é usada para atividades sem relação direta com o equipamento de TI, como iluminação e resfriamento.

O caminho para a eficiência - Ao entender exatamente para onde vai a energia de um parque computacional, é possível tomar medidas para usá-la de forma mais eficiente em diversas frentes. Abaixo, seguem alguns exemplos de ações específicas para o gerenciamento de datacenters:

A primeira dica refere-se à escolha de sistemas. Tecnologias avançadas como processadores multi-tarefas, unidades de disco mais lentas e recursos automatizados de desligamento são opções para diminuir a conta de eletricidade.

Outro caminho é a utilização de sistemas de classificação para calcular o consumo de energia. Os ecológicos, tais como Energy Star, 80 Plus, EPEAT e Climate Savers Computing, por exemplo, estão disponíveis para desktops. Há também calculadoras de energia que computam o gasto de eletricidade de acordo com as configurações dos servidores.

A consolidação de servidores pode ser um importante aliado na busca pela diminuição do consumo de energia. É comum fazer isso por meio da virtualização e outras técnicas. Existe um caso de uma companhia que consolidou 1.185 servidores para somente 90, virtualizando recursos. A empresa obteve o retorno do investimento em apenas um ano, só com a redução nas despesas com eletricidade.

Outra dica é: encontre uma distribuição de energia mais eficiente. Minimize o número de conversões de energia ocasionadas pela alimentação a partir da rede de abastecimento até o equipamento.

A questão da refrigeração é essencial na luta pela redução do consumo de energia. Seja criativo com a refrigeração. Uma opção é integrar tecnologia de resfriamento diretamente nos racks de servidores, usando ventiladores de velocidade variável e aproveitando melhor o ar fresco externo. Já está sendo desenvolvida uma nova geração de servidores construídos para resistirem a condições bem adversas sem a necessidade de utilizar soluções convencionais de refrigeração. Já existem máquinas que aproveitam o ar externo o tempo todo e suportam temperaturas de até 30,5º.

A atualização regular do parque de TI é outro fator que colabora com a eficiência do gerenciamento de datacenters verdes. Os equipamentos continuam sendo aprimorados exponencialmente e os mais atuais apresentam menores níveis de emissão de CO2, por exemplo.

O ecogerenciamento de datacenters não implica na implementação de projetos caros, demorados e com retorno sobre o investimento previsto para somente após alguns anos. Existem muitas ações simples como as citadas anteriormente que podem ser feitas no curto prazo — frequentemente com poucos gastos e envolvendo um número mínimo de pessoal —, que podem ter um impacto positivo no resultado final com a redução de gastos, melhoria da eficiência operacional e que, ao mesmo tempo, ajudam a proteger o meio ambiente.

* Marcos Arino de Oliveira é diretor de prática de serviços da Sun Microsystems do Brasil

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