quarta-feira, 17 de junho de 2009

Bric quer ter mais influência no mundo


Grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China se preocupa com a segurança do planeta e prega o fortalecimento do Conselho de Segurança da ONU, entre outras coisas.





O presidente Lula participou nesta terça, na Rússia, de uma reunião com os líderes dos países do grupo que tem sido chamado de Bric. Essa sigla reúne as iniciais dos principais países emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China.

No encontro, eles decidiram atuar juntos para ter mais influência política e econômica, como mostram os enviados especiais Marcos Losekann e Sérgio Gilz.

O bloco não quer apenas contemplar a crise e absorver seus efeitos; a ideia é sugerir saídas e, principalmente, se blindar contra as consequências da quebradeira geral. É essa meta que os líderes dos países que formam o Bric vieram consolidar em Ecaterinburgo, na Rússia.

Os quatro países juntos ocupam 40% da superfície terrestre, têm metade da população e são donos de 23% da soma de todas as riquezas e bens produzidos no planeta. Por tudo isso, Brasil, Rússia, Índia e China exigem mais voz nas decisões sobre os rumos da Terra.

Uma das medidas que os integrantes do Bric discutem é a substituição do dinheiro americano como base para as negociações internacionais. A ideia seria trocar o dólar pelo dinheiro dos países integrantes do bloco ou por uma "cesta de moedas" formada pelo iene japonês, o euro da União Europeia, a libra esterlina e o próprio dólar americano. O valor médio definiria o câmbio comercial. O objetivo dessa medida, que ainda depende de muito estudo, é se livrar da instabilidade de uma única moeda.

O presidente Lula teve um encontro em separado com o presidente russo Dimitri Medvedev. Ao fim da reunião, Medvedev foi o único a fazer discurso. Em nome do grupo, defendeu o desarmamento nuclear.

O bloco se preocupa com a segurança do planeta e prega o fortalecimento do Conselho de Segurança da ONU; também não quer que em nome do livre comércio os países mais pobres ou em desenvolvimento sejam obrigados a acatar regras que só beneficiem os mais ricos.

Da Rússia, o presidente Lula seguiu para o Cazaquistão. Como não havia voo comercial com o roteiro e o horário do presidente, a equipe da TV Globo viajou de Ecaterimburgo, na Rússia, para Astana, no Cazaquistão, num avião da Força Aérea Brasileira. O dinheiro correspondente ao custo das passagens será doado ao Fome Zero.


Fonte: Jornal Nacional

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