quarta-feira, 17 de junho de 2009

"Empresas que investirem em eficiência energética vão ganhar quota de mercado"

Zeinal Bava

O presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Zeinal Bava, afirmou hoje que a procura de soluções de sustentabilidade empresarial não é apenas uma questão de ‘marketing’.

Miguel Prado
miguelprado@negocios.pt




O presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Zeinal Bava, afirmou hoje que a procura de soluções de sustentabilidade empresarial não é apenas uma questão de ‘marketing’. “Não tenho dúvidas de que as empresas que investirem em eficiência energética e em produtos verdes vão ganhar quota de mercado e ser mais competitivas”, disse Zeinal Bava, durante a 9ª conferência anual da BCSD Portugal.

Questionado sobre se as apostas em soluções de sustentabilidade, eficiência energética e protecção ambiental também beneficiam os accionistas, o CEO da PT respondeu afirmativamente e acrescentou ainda que “as empresas que não fizerem o seu percurso [de sustentabilidade] atempadamente vão ser penalizadas”.

Joaquim Goes, administrador do Banco Espírito Santo (BES), partilha dessa opinião. “Alguns fundos de investimento investem em empresas ou acções em função de índices de sustentabilidade”, lembrou este responsável durante a conferência da BCSD (Business Council for Sustainable Development), realizada hoje no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, tendo como tema central as alterações climáticas.

Referindo-se à aposta na sustentabilidade, Joaquim Goes referiu que “a maior parte dos investidores ainda não tem esse critério, mas começa a haver alguma preocupação”. O administrador do BES exemplificou algumas medidas que o banco já tomou e que também estão em prática noutras empresas, como a desmaterialização dos extractos bancários, a realização de videoconferências em detrimento das deslocações e a redução dos consumos de electricidade dentro das empresas.

O presidente da Efacec, Luís Filipe Pereira, foi outro dos participantes na conferência. “Este ano temos um objectivo de redução de 10% do consumo de energia eléctrica”, afirmou Luís Filipe Pereira, salientando que a promoção da eficiência energética e ambiental pode ser estimulada nas empresas de diversas formas, entre as quais a redução nos consumíveis e o alerta de consciências na comunidade onde a empresa está instalada.

Um dos pontos focados pelos participantes na conferência da BCSD foi a dificuldade de medir resultados no que diz respeito à sustentabilidade empresarial. “Temos de ter uma visão de médio e longo prazo, mas não podemos ignorar que este caminho [da sustentabilidade] tem de ser feito em equilíbrio com os seus objectivos [os da empresa] de curto prazo”, apontou Joaquim Goes, recordando que “o ‘payback’ destas iniciativas não é imediato”.

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