segunda-feira, 1 de junho de 2009

GOIÁS ESPERA SINAL VERDE PARA INÍCIO DE CAMPANHA

Marjorie Avelar

A assinatura do Compromisso de Parceria para Implementação do Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas completou um ano ontem, com resultados positivos em alguns Estados. Nos projetos pilotos, na Bahia, Rio Grande do Sul e São Paulo, já houve redução média de 12% no uso das “sacolinhas”. A meta é que haja queda de 30% no País, assim que outras regiões aderirem ao programa. Em Goiás, que assinou o acordo em setembro de 2008, a campanha oficial, que deve envolver seis grandes supermercados da capital, não começou.

De acordo com o superintendente da Associação Goiana dos Supermercadistas (Agos), João Bosco Pinto de Oliveira, o Estado aguarda “sinal verde” das três instituições envolvidas no programa – Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, Instituto Nacional do Plástico (INP) e Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis (Abief). Oito meses após a assinatura do compromisso, a verba dessas entidades para a campanha goiana não chegou, por causa da crise econômica mundial. “Somos os primeiros a começar a campanha, ainda neste ano, pois já assinamos o compromisso. Estava marcada para abril, esperamos para maio, mas agora não temos a data exata para o início”, disse João Bosco.

Em 26 de maio de 2008, no 24º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados, realizada em São Paulo, a Abief, INP e Plastivida assinaram o compromisso, dando pontapé à série de projetos pilotos. A redução de no mínimo 30% no consumo de sacolas plásticas no País representa em torno de R$ 5,5 bilhões de unidades, de R$ 18 bilhões que vão parar no lixo.

A bancária Sara Jane Carili, 40, já aderiu à ação ecologicamente correta. Há mais de um ano, aboliu o uso da sacola plástica, passando a ir às compras com uma sacola de pano retornável (e lavável). “Tenho quatro sacolas: duas ficam sempre dentro do carro, outra em casa e a última emprestei para minha irmã”, informou. “Estou fazendo a minha parte”, ressaltou Sara Jane, que ainda tem o hábito de separar todo o lixo, em casa, para reciclagem.

PROJETO DE LEI
De acordo com o presidente da Agos, João Bosco, a Assembleia Legislativa de Goiás havia aprovado projeto de lei, dando prazo até maio deste ano, para que os estabelecimentos comerciais do Estado começassem a utilizar a sacola oxi-biodegradável. Segundo alguns especialistas, o material pode ser absorvido pela natureza em até 18 meses, sendo que as sacolas comuns demoram cerca de 500 anos. “Há controvérsias entre cientistas nacionais e internacionais quanto a esses resultados da sacola oxi”, ressaltou o presidente da Agos. Por causa disso, segundo ele, o Projeto de Lei n° 16.527, de 27 de abril de 2009, divulgado no Diário Oficial no último dia 4 de maio, estendeu para cinco anos o prazo de adesão à sacola oxi.

Somente no Brasil, 18 bilhões de sacolinhas são produzidas por ano. Para colaborar com o meio ambiente, alguns supermercados de Goiânia, isoladamente, adotaram medidas próprias para redução deste consumo na capital – como é o caso do Carrefour, Extra, Leve e Wal-Mart. O grupo Pão-de-Açúcar – que inclui também as redes do Supermercado Extra – foi o primeiro do País a aderir ao Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas. Apesar disso, desde 2005, já comercializa sacolas retornáveis em seus estabelecimentos.

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