domingo, 7 de junho de 2009

Meneghini fazem balanço da Mudança Geral


Assista ao último episódio da série.

Fantástico
Rede Globo
Mudança geral da família Meneghini chega ao fim

Os Meneghini estão com a casa cheia! Chegou toda a parentada de Americana, no interior de São Paulo: o sogro e a sogra de Reginaldo; e Michelle, irmã de Andréa, com o marido, Rogério, e duas filhas. Contando com a família, são dez pessoas no maior aperto. Haja comida para esse povo!


“A Michelle queria comer rabada. Tem que comprar muita rabada”, comentou Andréa. “O rabo tem de ser grande. Tem de economizar”, brincou Reginaldo.

As visitas trazem velhos hábitos. Rogério deu refrigerante para a bebezinha. Você se lembra da irmã de Andréa? Ela apareceu no primeiro episódio de “Mudança geral” gastando água adoidada e fazendo confidências.

“Se deixar, tomo um litro de refrigerante no almoço”, revelou.

Quase 40 dias atrás, quando Michelle passou o fim de semana na casa, os Meneghini abusavam de frituras e do açúcar, sem falar na famigerada pizza no café da manhã. Agora, a irmã de Andréa encontrou uma família muito diferente. Os Meneghini mudaram, sim! Duvida?

“A gente está muito contente, porque mostrou que mudança de hábito, de fato, causa algum impacto e já num curto espaço de tempo”, afirmou o cardiologista César Jardim.
Sem dieta Maluca, sabe quanto Reginaldo e Andréa emagreceram? Três quilos cada um em um mês. Isso com exercícios físicos, alimentação equilibrada e apenas reduzindo o exagero de doces e frituras. Não precisaram abrir mão das coisas que gostam e nem da cerveja. Sábado continua sendo dia de festa.

“Seu risco para doença cardiovascular, que estava bem crítico, já melhorou bastante. O peso precisa diminuir um pouquinho mais. Caminhando e continuando com esse hábito alimentar, você vai conseguir ter uma vida muito boa, com qualidade”, diz a nutricionista.

Andréa estava também pré-diabética. E agora, como anda a taxa de glicemia? “Entrou num nível de normalidade”, aponta o cardiologista.

Reginaldo perdeu cinco centímetros de circunferência abdominal. Antes, a barriga era fator de risco para enfarte. “Só com essa mudança, em quatro semanas de dieta e de exercícios, você normalizou”, afirma o cardiologista.

“Eu estou me sentindo melhor. Até na hora de amarrar um tênis, eu não sinto a barriga atrapalhar”, comenta Reginaldo.

Está certo que o nível de triglicérides precisa baixar mais um pouquinho. Era de 200 e caiu para 160, mas... “O nível ótimo seria estar abaixo de 150”, recomenda o cardiologista César Jardim.

Até a pele das crianças melhorou. Que transformação! “Uma experiência única. Como eu aprendi, eu acho que muita gente aprendeu”, comemora Andréa.

Quer ver outra coisa que os Meneghini aprenderam? Banho de 20 minutos nunca mais.

“Quando eu vou lavar o cabelo também, eu já lavo e desligo o chuveiro. Depois eu lavo de novo. Já é costume. Antes, não. Antes eu ficava com o chuveiro ligado”, diz Malu.

O tempo médio de banho agora é de seis minutos para cada pessoa – mais do que suficiente. Os Meneghini controlaram também o uso de aparelhos que gastam muita energia, como secador de cabelo e grelha. Lavar e passar roupas? Só uma vez por semana. Tudo isso, além da troca da geladeira, ajudou a família a economizar 25% na conta de luz.

“Daria uns R$ 350, mais ou menos, no ano”, afirma o consultor Marco Saidel.

É o mesmo que três contas de luz em um ano. Pague nove e leve doze. “Dá para ter conforto, qualidade e saber usar a energia de uma maneira mais adequada”, acrescenta o consultor Marco Saidel.

Antes o consumo de água era de 200 litros diários por pessoa. Hoje... “Vocês tiveram uma redução de 55%”, calcula a bióloga Silvana Cutolo.

Ou seja: agora cada Meneghini usa diariamente, no máximo, 90 litros de água. E o lixo? Só nota dez! Os Meneghini aprenderam a separar o material de reciclagem, que está sendo entregue toda semana a uma cooperativa. E mais: “Vocês diminuíram muito o desperdício”, aponta Ana Maria Luz, ambientalista do Instituto GEA.

O desperdício de comida despencou. Começou com quase quatro quilos na primeira semana e hoje não chega a um décimo do que era antes.

Repensar os hábitos de consumo faz bem ao bolso. Se os Meneghini economizassem apenas 10% em água, luz, alimentação e telefone, juntariam sabe quanto? “Equivaleria mais ou menos a R$ 100 por mês”, estima Raquel Diniz, especialista em consumo do Instituto Akatu.

Esse dinheiro, aplicado na poupança, daria mais ou menos R$ 1.240 em um ano.

“Isso daria para comprar uma coisa que vocês estão querendo muito: um computador”, continua a especialista em consumo. Ou então daria para reduzir a dívida de R$ 1,8 mil no cartão de crédito do Reginaldo.

O futuro de nosso planeta também depende de uma mudança geral. Nós já consumimos 30% além da capacidade da Terra de repor os recursos naturais. “É como se a gente entrasse no cheque especial da Terra”, compara Raquel Diniz, especialista em consumo do Instituto Akatu.

Os Estados Unidos são o país que mais consome. Se todo mundo quiser ter os padrões de consumo dos americanos, são necessários quatro planetas e meio para dar conta de todos os recursos naturais capazes de sustentar essa gastança. Mas nós não ficamos muito atrás. Se todos quiserem consumir como o brasileiro de classe alta, são necessárias três Terras. O padrão da classe C, como a família Meneghini, só é possível com duas Terras.

Mas não falamos só de ecologia. “Mudança geral” levantou também uma discussão em família: como lidar com adolescentes? O que o Matheus vai mudar?

“Não ficar xingando ela por trás. Ela faz tanta coisa para a gente, e a gente fica fazendo isso”, se arrepende o menino.

Malu acha que já pode namorar, e isso foi motivo de briga com os pais durante a série.
“Eu acho que ela está nova ainda para namorar. Tem tanta coisa boa para desfrutar, sem precisar estar pensando só nisso”, defende Reginaldo.

“Não adianta ficar prendendo também. Eu acho assim: melhor fazer na frente do que fazer por trás. Eu acho assim”, rebate Malu.

“Com 18 anos ela vai estar pronta para namorar”, brinca Reginaldo.

Será que muda a relação de pai e filho depois de uma experiência como essa? “Tem de mudar. A gente tem de conversar mais, procurar ouvir mais um e outro”, diz Reginaldo.

Essa família nunca mais será a mesma.

“Talvez isso não aconteceria se vocês não fossem uma família unida, pessoas unidas, que estão com um objetivo, afinados os quatro”, acredita a bióloga Silvana Cutolo.

“Eu acho que a gente vai conseguir manter essa mudança geral”, acredita Andréa.

“Se quiser, dá para fazer e sem muito sacrifício”, diz o consultor Marco Saidel. “Mudança geral sem ser radical”, acrescenta Reginaldo.

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