JOSÉ RAIMUNDO DA SILVA MORAIS * | |
25-Jun-2009 | |
Na era da tecnologia a simplicidade vem conquistando os turistas modernos. Ir ao mundo das compras, como Miami, nos Estados Unidos; ou à bela Roma, na Itália; ou navegar nas gôndolas de Veneza, também em território italiano; ainda são opções bem cotadas no mercado das viagens, no entanto, o viajante do século XXI quer mais. O lazer, a sofisticação, belas paisagens já não são suficientes para definir a próxima viagem. A natureza, a abundância verde, a fauna diversificada, atualmente, contam muito na hora da escolha do destino e nesse bojo os nove estados que compõem a Amazônia Legal, com suas fartas águas e vegetação exuberante têm lugar cativo na mente dos turistas. São nove estados abraçados por essa porção do mundo conhecida carinhosamente como “o pulmão do globo”. Diante dessa tendência, o Brasil larga na frente: temos a Amazônia como atrativo. A maior floresta tropical úmida do planeta também pode ser considerada como o potencial turístico de mais impacto do mundo. Lá está a maior diversidade natural que podemos encontrar ao redor do globo. Grandes rios, fauna e flora em pleno equilíbrio, com grande parte ainda inexplorada e desconhecida por todos. Isso tudo tem feito a Amazônia registrar ano após ano crescimento invejável no turismo, que resulta em novos empreendimentos hoteleiros, atrações, parques, empregos - muitos empregos -, além da injeção de divisas na economia. Mas, a manutenção das taxas de crescimento do turismo, setor que hoje responde por cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, está constantemente ameaçada quando o destino é o Brasil. Mesmo com queda no índice de desmatamento revelado recentemente pelo Governo Federal, os níveis de derrubada de árvores, queimadas, ações danosas ao meio ambiente ainda continuam preocupantes e ameaçadores ao turismo. Infelizmente, a Amazônia é um dos focos desse grupo de inconsequentes que não consegue vislumbrar os benefícios que essa porção do país pode trazer para a população nacional e, principalmente, regional. O único foco deles é a derrubada de árvores, que provoca a desordem de um ecossistema e consequentemente a “morte” gradativa de uma região que tem nos recursos naturais uma de suas maiores fontes de renda. Estudos recentes mostram que a Amazônia Legal hoje responde por 4,8% da movimentação turística nacional e 5% do volume de estrangeiros que entram no País. Um montante ainda pequeno, mas que pode crescer, caso a oportunidade que se apresenta possa ser devidamente aproveitada. A região tem 153 municípios com capacidade turística, sendo 57 deles indutores diretos da movimentação hoje existente. Apenas no que tange ao recebimento de estrangeiros, os 253 mil visitantes/ano atualmente registrados podem chegar a 3 milhões, caso haja incentivo para isso. Argentina, Estados Unidos e Canadá hoje estão entre principais destinos emissores. Ao todo, 11 países respondem pela maioria dos turistas de fora do País que visitam a região. Os atributos que prometem alavancar esse setor da economia na Amazônia são ecoturismo, turismo cultural e negócios. Informações da Fundação New 7 Wonders, que vem administrando esses concursos, mostram que os destinos escolhidos ganharam uma dimensão mundial que os fez alavancar o turismo em 30%. E o processo de conquistas já começa na fase de disputa, com o envolvimento da população local, das entidades coligadas e com toda a repercussão da mídia mundial sobre o processo. Não podemos perder essa chance. Este é o momento de todos nos mobilizarmos no intuito de evidenciar a Amazônia e todos os seus atributos para conquistar cada vez mais adeptos que cliquem no www.n7w.com e votem no destino que contempla o rio e a floresta, e também destinos de gente simples e acolhedora, paisagens deslumbrantes e que tem neste momento a oportunidade de se desenvolver como um “produto” que basta preservar para ter para a eternidade.Esse processo de evidência mundial da Amazônia também traz para o destino turístico a garantia de uma fiscalização maior pela sua preservação. Afinal, com uma visibilidade mundial, a responsabilidade dos governos brasileiros e dos visitantes cresce exponencialmente. E os deficientes recursos de fiscalização hoje dispensados para o destino se multiplicarão sem que haja uma oneração dos cofres públicos. A fiscalização oficial poderá então voltar os esforços para agir sobre os criminosos da natureza que agem na nossa terra. * Presidente da ADETUR AMAZÔNIA – Agência de Desenvolvimento do Turismo da Macrorregião Norte |
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quinta-feira, 25 de junho de 2009
O mundo de olho na Amazônia
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