domingo, 19 de julho de 2009

Wal Mart, o hiperconsumo e a sustentabilidade

Consumer Beat

:: Blog do Curso Consumer Beat Perestroika/Box ::

Talvez essa semana vá ficar marcada na história como um turning point no universo do consumo. Talvez não. Talvez seja apenas vista como uma grande estratégia de marketing. Mas prefiro acreditar na primeira hipótese.

Ervin Laszlo falou em seu livro Chaos Point que as próximas grandes transformações da sociedade viriam não mais apenas de instituições governamentais, mas também de instituições privadas e até dos coletivos de pessoas ditas ‘comuns’ . É mais um menos isso que pode estar acontecendo a partir o projeto da Wal Mart lançado essa semana. Um projeto que busca criar um ‘eco label’ ou um índice de sustentabilidade baseado no seu poder varejista. Uma instituição que sempre foi considerada vilã querendo virar o jogo.

A partir de 15 perguntas que seus mais de 100.000 fornecedores pelo mundo terão que responder ao grupo, a Wal Mart vai ajudar o consumidor a decidir de quem vai continuar comprando. Consequentemente isso vai afetar os produtos que nós, consumidores, vamos acabar comprando.

Palavras dos executivos da Wal Mart:

These younger consumers, they care deeply about this regardless of what happens in the economy,” Mr. Fleming said. “When I go around to colleges and universities to recruit, sustainability is tops on their list. So I think this will help us build a better business model.

Várias teorias analisando a ação já estão sendo discutidas. De um lado, a visão de que a intenção é legítima e o gigante está buscando uma forma mais sustenteavel de consumo, chamada de “constructive capitalism”. Outra análise propõe que a busca talvez seja por medir o quanto o consumidor realmente estará disposto a pagar mais sabendo que um produto é mais sustentável que outro. Por outro lado ainda, surge a idéia de que o grupo está reagindo aos questionamentos gerados a partir da grande crise que vivemos, e que esteja buscando transformar sua imagem de vilã do consumo a benfeitora da humanidade.

Uma instituição que sempre foi considerada vilã querendo virar o jogo? Uma resposta verdadeira aos anseios dos consumidores? Uma visão direcionando a sobrevivência e o futuro de um negócio poderoso?

Talvez seja um pouco de cada uma destas coisas. E qualquer delas me parece que não pode causar mal, pois a base da idéia está ligada a ir um passo além da informação e gerar CONSCIÊNCIA no consumidor.

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