O sistema, em software livre, tem múltiplas utilidades, como permitir localizar cooperativas, determinar as melhores rotas para os catadores, evitar a sobreposição de territórios e definir os pontos ideais para a implantação de novos galpões, além de ajudar na gestão da frota dos carrinhos elétricos.
"Podemos chegar ao ponto de ter o controle do que está sendo coletado e reciclado em todo o Brasil", ressalta Jair Kotz, superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, de acordo com sua assessoria.
No Brasil, o número de catadores organizados por cooperativas, associações ou grupos e devidamente cadastrados chega a 40 mil. Uma proporção relativamente pequena (5%), se comparada ao contingente de trabalhadores não organizados. "Estimamos que, em todo o País, devem existir cerca de 800 mil catadores", diz Davi Amorim, coordenador de comunicação do MNCR. "O sistema pode nos ajudar a aumentar o atual número de associações e de trabalhadores organizados."
Para Valdirene Ruiz Lopes, representante do MNCR no Estado de São Paulo, a ferramenta é acessível e muito útil. "Ela vem ao encontro das necessidades surgidas na rua e nas cooperativas", afirma.
O software é mais uma etapa do esforço iniciado em 2003, quando a Itaipu pôs em prática o Projeto Coleta Solidária. O objetivo central é fazer com que os catadores sejam reconhecidos como prestadores de serviço públicos e tratados com respeito. O projeto já resultou na formalização de quatro cooperativas e 16 associações, além da capacitação de mão-de-obra e da entrega de equipamentos como prensas, balanças e uniformes.
Em 2008, a Itaipu desenvolveu e entregou 80 carrinhos de coleta elétricos ao MNCR. O convênio de cooperação técnica ainda prevê a gestão de aterros sanitários para a geração de energia e o estudo de logística urbana para a otimização da coleta de material reciclável.
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