segunda-feira, 19 de abril de 2010

Árvores são trocadas em restauração da Alfândega.

Trinta e oito plantas exóticas serão substituídas por ipês-amarelos em praça no centro da Capital
Francisco Amorim | francisco.amorim@zerohora.com.br


O movimento de operários, máquinas e caminhões na Praça da Alfândega, nos últimos dias, tem chamado a atenção de pedestres que passam pelo centro da Capital. Houve quem ficasse preocupado ao constatar que as equipes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) se dedicavam a arrancar algumas árvores.

O que parecia se tratar, a um olhar desavisado, de um ato contra a natureza, integra um projeto de restauração da área verde que está em andamento.

– Estamos arrancando ligustros que estão em péssimo estado. No local, serão plantados ipês-amarelos – explica o supervisor de praças e parques da Smam, Carlos Py.

A remoção de 38 árvores na Praça da Alfândega continua nesta semana. Iniciado no dia 10 deste mês, o trabalho integra o processo de remodelação do local por meio do Programa Monumenta. As extrações estão sendo acompanhadas pelas arquitetas Renata Rizzotto e Ana Maria Germani e pelo engenheiro agrônomo Clovis Breda, da Smam.

O Programa Monumenta tenta garantir que a Praça da Alfândega retorne a sua formatação original. Os ligustros, por se tratarem de vegetação exótica e se encontrarem bastante prejudicados, serão substituídos por ipês-amarelos, espécie nativa do Brasil, em função de seu porte e floração de cor intensa.

– Isso só será feito em uma fase seguinte. Primeiro, será realizado, por outras secretarias, o trabalho de calçamento, iluminação e limpeza de monumentos. Quando isso estiver pronto, voltaremos para fazer o plantio e ajeitar o jardim – ressaltou o supervisor da Smam.

Reforma da praça deve estar pronta até a Feira do Livro

As obras do Programa Monumentanão devem atrapalhar a realização da Feira do Livro de Porto Alegre, segundo a prefeitura. O projeto, que tem duração prevista de oito meses, deve encerrar em outubro – coincidindo o final das obras com a montagem das barracas da feira.

Em Porto Alegre, o Monumenta abrange uma área central da cidade com 24,5 hectares, dentro dos quais estão 170 imóveis públicos e privados que compõem o acervo a ser preservado. Os recursos utilizados nas reformas são do Ministério da Cultura, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e das administrações do município e do Rio Grande do Sul, contando com a cooperação da Unesco.

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