sábado, 24 de abril de 2010

Brasil precisa de nova imagem, a de "economia verde", diz Furlan

Atualizado às 10h04

Valmir Zambrano
Direto de Comandatuba
Especial para o Terra


Do ponto de vista econômico, o Brasil encostou no chamado primeiro mundo. De acordo com o critério de medição, o País está entre sétimo e oitavo lugar entre os mais ricos. Mas apesar do poder de sua economia, falta ainda uma espécie de imagem corporativa ao Brasil, algo pelo qual ele possa ser identificado imediatamente no exterior, na opinão do ex-ministro do Desenvolvimento e atual co-presidente da Brasil Foods, Luiz Fernando Furlan. Para ele, a melhor oportunidade é "colar" o nome do Brasil à chamada "economia verde".
"O Brasil pode não perceber, mas está hoje buscando um reposicionamento da sua marca. Deixamos de ser um país pobre e dependente para ganharmos protagonismo no mundo, mas ainda precisamos de um rótulo que não seja aqueles surrados do tipo país do samba, do carnaval ou de Pelé", afirmou o ex-ministro, durante o 9º Fórum Empresarial, evento que reuniu empresários e políticos em Comandatuba, na Bahia, para discutir sustentabilidade econômica.
Furlan lembra que todos os países mais importantes possuem empresas e uma imagem ligadas às suas economias. Os alemães são reconhecidos por suas máquinas de qualidade, os italianos por seu design vanguardista e até um país como a Finlândia, com economia menor que a brasileira, é famosa pela sua liderança em telefonia celular. No caso do Brasil, Furlan acredita que o melhor caminho é vincular a imagem a sinônimo de sustentabilidade.
Para ele, não há país em melhores condições de aproveitar esse selo verde do que o Brasil. "A maior parte da energia que consumimos é limpa, vem da água, no caso da hidrelétrica, e da terra, no caso do etanol e cana. Estamos muito melhores do que países que dependem de carvão, por exemplo", afirmou o empresário.
"No campo da emissão de gases de efeito estufa, a situação também é mais fácil de consertar. Queimadas na agricultura e o corte de árvores são nossas principais pegadas de carbono. E com programas de uso consciente da terra podemos reverter o problema. Ainda temos mais da metade da floresta tropical (Amazônia) que tínhamos há mil anos. Na Europa, por exemplo, não sobrou nada", disse Furlan.
Atualmente, além de chefiar a fusão entre Sadia e Perdigão, que resultou na Brasil Foods, Furlan também atua na Fundação Amazonas Sustentável, entidade que desenvolve projetos de economia sustentável para a Amazônia.
Invertia

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