Parlamentares temem que o processo eleitoral prejudique o debate sobre o tema.
Veja trecho do programa Horizontes, da TV Câmara, sobre o Código Florestal.
Jorge Khoury acredita que, neste ano, os parlamentares deveriam se concentrar em alguns pontos e buscar um consenso para viabilizar a votação desses pontos. O deputado argumenta que as votações em anos eleitorais acabam prejudicadas pelo processo eleitoral.
Ele cita como exemplo dos pontos que poderiam ser priorizados neste ano a compensação de reservas legais em outras bacias e a flexibilização do percentual de reserva legal em áreas já desmatadas. Jorge Khoury explica que a flexibilização permitiria que, na Amazônia Legal, por exemplo, onde a reserva obrigatória é de 80%, a recomposição poderia ser feita em 50% da área com vegetação nativa e nos outros 30% com espécies que permitissem a exploração econômica ou pesquisa.
Khoury defende o princípio do equilíbrio na discussão das mudanças na legislação ambiental. Ele reafirmou que é contra os radicalismos dos dois principais setores envolvidos no debate: ambientalistas e ruralistas.
Tema polêmico
O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, Sarney Filho (PV-MA), também acredita que a votação das mudanças no Código Florestal deve ser adiada para 2011. Ele afirmou que a discussão de um tema tão polêmico em um ano eleitoral pode contaminar o debate.
O deputado é contrário às mudanças propostas e diz que o objetivo da maioria delas é facilitar o desmatamento. Ele acredita que o Congresso deveria apenas aprimorar a legislação em vigor para garantir sua efetiva aplicação.
Já o deputado Nilson Pinto (PSDB-PA), que já presidiu a Comissão de Meio Ambiente, discorda de Jorge Khoury e Sarney Filho. Ele argumenta que um eventual adiamento da discussão e votação das mudanças no Código Florestal para 2011 obrigaria os deputados e senadores a adiarem todas as votações. Todos os projetos, segundo ele, são potencialmente vulneráveis ao processo eleitoral, pois terão impacto sobre a vida dos eleitores.
Nilson Pinto considera que a atual legislação deve ser modificada em alguns pontos, já que o Código Florestal, por exemplo, é de 1965.
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Paulo Cesar Santos
Edição – Paulo Cesar Santos
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