terça-feira, 6 de abril de 2010

Servatis contesta afirmações da Comissão de Defesa do Meio Ambiente

Publicado em 06/04/2010, às 12h15

A Servatis, através de sua assessoria de imprensa, informou hoje (6) que já iniciou medidas de compensação ambiental desde o ano passado, ao contrário das declarações do deputado estadual André Lazaroni (PV) feitas em função da audiência pública organizada pela Comissão de Meio Ambiente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
O evento está marcado para amanhã (7), no auditório do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), no Centro, e discutirá o caso da empresa Servatis, que no dia 18 de novembro de 2008 provocou o maior acidente ambiental da história do rio Paraíba do Sul.
Na ocasião, mais de 10 mil litros do agrotóxico Endosulfan vazaram de um reservatório da Servatis, matando dezenas de toneladas de peixe e contaminando as águas dos rios Pirapetinga e Paraíba do Sul.
Em nota, a empresa afirmou que, de forma voluntária, assinou um convênio com o Inea (Instituto Estadual do Ambiente), órgão vinculado a Secretaria de Estado do Ambiente e, desde então, patrocina ações de repovoamento e monitoramento do Rio Paraíba do Sul. Outros projetos da empresa na área ambiental são: a recuperação da Mata Ciliar em sua planta, no município de Resende e o projeto - em andamento - para tratar o esgoto dos bairros circunvizinhos.
Em 2009, o Inea realizou as primeiras solturas emergenciais de alevinos no Rio Paraíba do Sul, sendo a de 20 de outubro totalmente patrocinada e custeada pela Servatis.
Ações
Para este ano a Servatis já celebrou um contrato com o Projeto Piabanha para patrocinar mais ações de repovoamento e monitoramento do Rio Paraíba do Sul. Este projeto também é coordenado pelo Inea e a empresa aguarda autorização do órgão ambiental para fazer os lançamentos de peixe no Rio.
Os primeiros dados coletados pelo Projeto Piabanha e também pelo Inea mostram que a Ictiofauna da Bacia do Rio Paraíba do Sul está se recuperando e a quantidade de peixes vem aumentando paulatinamente. O objetivo é fortalecer e acelerar a recuperação do rio.
Além da criação de alevinos na sede do Projeto Piabanha, em Itaocara, a Servatis também terá uma estação onde serão criados alevinos. O projeto de engenharia civil está em fase de conclusão e as obras serão iniciadas em maio. O monitoramento do curso médio e inferior do Rio Paraíba do Sul custeado pela Servatis está acontecendo desde dezembro de 2009 e mostra que a qualidade da água voltou a normalidade.
No ano passado, a empresa apresentou à Agência de Meio Ambiente de Resende (Amar), a proposta de recuperação da Mata Ciliar e a construção de um cinturão verde nas áreas da empresa. O objetivo é, com o apoio e supervisão da prefeitura de Resende, plantar um total de 31 mil mudas de espécies nativas da mata atlântica, numa área de 170 mil m². Somada as áreas de preservação ambiental já existentes, o novo projeto fará com que 63% da área total da Servatis (900.000 m²), sejam protegidos. A empresa aguarda aprovação da Amar para iniciar o plantio.
Ainda nas imediações da Servatis existe um projeto de tratamento de esgoto dos bairros circunvizinhos, em conjunto com a prefeitura de Resende e com a Concessionária Águas das Agulhas Negras - responsável pelo serviço de saneamento básico do município. Com esta iniciativa, o esgoto que hoje é lançado diretamente no Rio Paraíba do Sul, receberá tratamento adequado na Estação de Tratamento da empresa, o que ajudará o município a antecipar o cumprimento de suas metas de investimentos em saneamento básico.
Tanto a recuperação da Mata Ciliar, como o início do tratamento de esgoto está em fase de aprovação e aguardam os trâmites burocráticos normais para serem iniciados.
De acordo com a assessoria de imprensa da Servatis, todas essas informações estão disponíveis ao deputado estadual André Lazaroni no Inea e na Amar.

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