sexta-feira, 11 de junho de 2010

Mudança no Código Florestal pode causar estragos na proposta de redução de CO2.

Mais carbono no ar

11/06/2010 - 10:59
fonte: Greenpeace
A proposta apresentada esta semana pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB/ SP) sobre as mudanças no Código Florestal brasileiro poderá causar estragos sem tamanho (se aprovada).
Segundo um cálculo conservador e preliminar, feito pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e o Greenpeace, a conta de emissões de CO2 aumentará em 31,5 bilhões, só na Amazônia. Ou sete vezes mais do que a meta de redução do governo brasileiro para 2020.

O cálculo foi feito com base em um dos artigos do novo texto, o que extingue das pequenas propriedades a Reserva Legal, área de mata nativa que, pelo atual Código Florestal, deve ser mantida em qualquer propriedade rural.
A conta é simples: se propriedades com menos de quatro módulos (na média, algo em torno de 400 hectares) forem dispensadas desta preservação, basta multiplicar a quantidade dessas terras na região (diga-se, estimado pela própria Confederação Nacional da Agricultura (CNA), para chegar ao seguinte número: o Brasil perderá cerca de 30 milhões de hectares de florestas.

No caso de fazendas maiores de quatro módulos, a área a ser computada começa descontando-se os 400 hectares. Segundo dados do CNA, existem hoje 122 mil propriedades rurais nestas condições na Amazônia.

Resultado: mais 48,8 milhões de hectares deixarão de ser preservados. O cálculo ainda supôs que todas estas propriedades estivessem no bioma Cerrado. Mesmo assim, seriam outros 17 milhões de hectares de floresta.

“Se levarmos em consideração que todo o Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima e partes do Tocantins e Maranhão são regiões de bioma Amazônia, que deveriam ter 80% de Reserva Legal preservados, o número real é muito maior”, diz Paulo Adário, coordenador da Campanha de Amazônia.

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