quarta-feira, 16 de junho de 2010

Paris Hilton quer conhecer os índios da Amazônia: 'É lá que eu quero ir. Adoro o estilo deles'


POR BRUNO ASTUTO

Rio - Podem falar o que for, mas Paris Hilton sabe honrar seu cachê. A louraça não chegou a engatinhar na passarela da Triton, mas agiu como uma popstar, fazendo caras e bocas, passando a mão nos fãs da primeira fila (hã?) e trotando no catwalk. Resultado: a galera fashion veio abaixo, abandonou o carão e transformou o desfile em show de Maracanã.


No chão do camarim, vários sapatos Louboutin. “Foi tudo presente dele para ela”, entregou Frederic, seu maquiador cambojano. A assessoria avisava: nada de perguntas sobre a proibição do comercial da Devassa. Mas, ainda assim, ela disparou: “Foi um absurdo. O filme é superelegante”.


A loura contou a PG3 que quer visitar a Amazônia ainda este ano. “É lá que ficam os índios, né?”, perguntou. Em seguida, completou: “É lá que eu quero ir. Adoro o estilo deles”. Mas, antes disso, Paris vai à África. “Quero ver algum jogo da Copa. Gosto de estar onde as coisas acontecem”, finalizou.


Na festa pós-desfile, aonde chegou às três da manhã, rebolou no camarote ao lado do DJ. Mas o povo só queria saber de tirar fotos e nem mesmo a pin-up aguentou o assédio, levantando acampamento 15 minutos depois...


To-do mundo tentou, mas ninguém teve mais atenção de La Hilton do que Lucas Dantas, 16 anos, presidente de seu fã clube no País. A patricinha já até trocou mensagens com Lucas via Twitter. O menino, astuto, imprimiu as trocas de mensagens entre ele e Paris, e pediu a um segurança para levá-las até ela. O resultado? Lucas ficou no cercadinho vip de papo com a estrela no melhor estilo BFF. “É como se eu tivesse tomado litros de energético. Não vou dormir essa noite”, disse ele a PG3.


A brilhante coleção da Triton reuniu um mix de macrotendências idolatradas pelas garotas ishpertas que compram suas peças. Havia patchworks de rendas brancas, microvestidos, franjas para todos os lados, tie-dye e, como ponto altíssimo, looks militares deliciosos.


Mas vamos aos estilistas cariocas. Com uma plateia repleta de it-guys, a Reserva apresentou uma coleção que misturou rock setentista a freestyle esportista, remetendo aos Z-Boys californianos.


Rapagões de microshorts justésimos, cardigãs, mochilas e T-shirts de oncinha (!), looks em neoprene. Uma coleção extremamente comercial e alegre — quase gay, eu diria, com todo o respeito.
Foto: Bruno Astuto
A Osklen foi um sopro de genialidade e exercício de moda. Oskar Metsavaht, que não tem medo de arriscar, concentrou-se na malha de algodão, leve, etérea e confortável, que apareceu de todas as formas: em bermudas de tricô aberto, torcida, trançada, cortada a laser formando paetês, como escamas. Calças com ganchos baixos, ceroulas, transparências ultrasexy; um maiô divino que tinha efeito de veludo bruto. Uma coleção possível e arrebatadora.


Confesso que gelei ao ler o release: todas as peças seriam azuis. Mas a técnica apurada de Oskar conseguiu fazer de um desfile monocromático um espetáculo de inventividade. Para se ter uma ideia, todos os looks foram construídos numa única cor, cru.


Num galpão na Vila Madalena, domingo, a equipe da Osklen tingiu o tecido em todos os tons de azul, do mais pálido ao marinho. Resultado: os estilistas ficaram completamente cobertos de tinta, no melhor estilo Avatar, e a plateia foi brindada com uma coleção arrepiante...


Na plateia da Osklen, quem eu encontro? Lady Gabriella de Windsor, a princesinha de Kent, 33ª na linha de sucessão do trono de Elizabeth II, que está em São Paulo escrevendo matérias para a revista inglesa ‘Above’, com pegada ecológica.


Quando as luzes da sala do desfile da Maria Bonita se apagaram ontem à tarde, eis que se ouve uma vuvuzela no pit dos fotógrafos. E o instrumento, usado para festejar gols na Copa, veio bem a calhar numa coleção impecável, a melhor dos últimos tempos da grife, inspirada nas fotos de Ana Mariani de casas populares do interior do Nordeste.


Cores suaves como azul celeste, madeira clara, rosa iogurte se unem à perfeição a tecidos amassados, tricôs de algodão e inox, calças e bermudões amplos, macacões longuettes cujos capuzes são chapéus de abas largas, transparências geométricas que exalam uma sensualidade sutil. Aqui manda o rústico, que revisita o Brasil profundo de uma forma elegante. E manda muito bem.


Gisele Bündchen, que faz seu primeiro desfile pós-gravidez amanhã na Colcci, cravou o lançamento de sua coleção de produtos de beleza orgânico: setembro. Haverá uma megacoletiva no Brasil e entrevistas em profusão.


De Regina Martelli respondendo a uma enquete de um site se o ideal feminino é ser magrinha ou curvilínea: “Depende. Para se vestir, magrinha; para se despir, curvilínea”. La Martelli, positivamente, não existe. É dura a vida da bailarina. Beijo, me liga, até amanhã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário... o Planeta agradece!!!