quarta-feira, 9 de junho de 2010

Planeta enfrenta crise ambiental... Esteja por dentro.

Aline Bosio
Marciel Peres
A arquiteta e urbanista Mirella Santos, que atua na prefeitura de Santo André, destacou a ocupação desordenada da cidade, que começou no fim da década de 40 com o êxodo rural. Segundo ela, Santo André, assim como outros tantos municípios, não foi planejada
Marciel Peres
Cintia: é necessário mudar o rumo do desenvolvimento e do consumo que adotamos até hoje, senão será o fim da raça humana. Quem está em risco não é o planeta Terra, somos nós, pois a Terra ficaria melhor do que está hoje se nós não estivéssemos mais aqui
Em uma época em que muito se fala da crise econômica, seja a que assola a Europa ou a que atingiu todo o mundo no fim de 2008 – cujos efeitos ainda podem ser sentidos –, ambientalistas alertam para um fato antigo e recorrente, mas que a maioria das pessoas ainda não se atentou: estamos no meio de uma crise ambiental.

Para que a sociedade saia desta situação, estudiosos defendem uma maior atenção com a Educação Ambiental, tema que vai muito além da coleta seletiva ou da reciclagem de lixo. 'As Ambiências Urbanas e o Papel da Educação Ambiental' foi um dos temas abordados nesta terça-feira durante o 1º Ciclo de Palestras – Meio Ambiente Urbano e as Cidades Sustentáveis, realizado no Sesi Santo André, uma realização do jornal Repórter Diário.

Para a pesquisadora da USP e especialista em psicologia ambiental, Cíntia Okamura, é necessário uma mudança o quanto antes de conceitos e atitudes para que o modelo de desenvolvimento econômico seja repensado e adequado a nova realidade ambiental.

“Evoluímos muito na ciência e na tecnologia, mas ao mesmo tempo degradamos muito o meio ambiente. Então entendo que o momento é agora, é necessário mudar o rumo do desenvolvimento e do consumo que adotamos até hoje, senão será o fim da raça humana. Quem está em risco não é o planeta Terra, somos nós, pois a Terra ficaria melhor do que está hoje se nós não estivéssemos mais aqui”, destaca. “Por este motivo é que as pessoas precisam repensar os resíduos que produzem e o que consomem”, completa.

Já a arquiteta e urbanista Mirella Santos, que atua na prefeitura de Santo André, destacou a ocupação desordenada da cidade, que começou no fim da década de 40 com o êxodo rural. Segundo ela, Santo André, assim como outros tantos municípios, não foi planejada, pois não havia a preocupação com o meio ambiente e nem a real noção de qual seria o impacto da urbanização desenfreada.

“Naquela época não havia este conceito de sustentabilidade ou de preservação ambiental que existe hoje. Mas há pequenas atitudes que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida e o próprio meio ambiente, como participar da revisão do Plano Diretor da cidade, plantar uma árvore no quintal de casa e não acabar com o jardim. A poluição visual e a industrial também devem ser levadas em conta, mas quando o assunto é poluição, os carros são os maiores vilões”, ressalta.

Confira a programação das próximas palestras:

9 de junho
Tema: O ambiente que nos alimenta, também nos coloca em risco – segurança alimentar e riscos urbanos
Local: FAINC – Santo André
Horário: às 19h

16 de junho
Tema: Cidades Sustentáveis e a revisão do Plano Diretor de Santo André
Local: SENAC – Santo André
Horário: às 19h

21 de junho
Tema: Uso racional dos recursos naturais
Local: UFABC – Santo André
Horário: às 17h

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