sexta-feira, 25 de junho de 2010

Preocupação de empresas com o meio ambiente aquece mercado de trabalho

POR ANGÉLICA PAULO
Rio - Com o consequente aumento do poder de pressão do consumidor por produtos que não causem impactos negativos ao meio ambiente, as empresas estão cada vez mais preocupadas com sua imagem perante o público. Por isso, cada vez mais as indústrias têm se preocupado em desenvolver e implementar programas e equipamentos antipoluidores, além de investir na contratação cada vez maior de profissionais que possam controlar as emissões de resíduos poluentes que lançam no meio ambiente.

A área de atuação de um profissional de meio ambiente é vasta. Qualificado para compreender os problemas ambientais, está gabaritado para tomar decisões e propor soluções para estes problemas. É o caso de Gabriela Cerqueira, 30 anos, que trabalha em uma indústria de cosméticos e produtos de beleza. Engajada em causas em defesa do meio ambiente desde a adolescência, a técnica em meio ambiente resolveu unir sua paixão pelo tema ao futuro profissional. Formada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ), Gabriela conseguiu boa colocação no mercado de trabalho logo após se formar.

“Apostei em um curso técnico numa época em que as empresas estavam começando a se preocupar com o impacto que causavam ao meio ambiente. Hoje essa é uma questão importante para qualquer indústria no Brasil e o mercado de trabalho tem buscado cada vez mais esse profissional”, revela.

No IFRJ o Curso Técnico em Meio Ambiente é oferecido de forma concomitante ou subsequente ao Ensino Médio e tem duração de quatro períodos semestrais. A instituição também oferece estágio curricular supervisionado. Além de atuar em indústrias, o profissional de meio ambiente também pode trabalhar em ONGs, empresas privadas e órgãos que administram parques e reservas ambientais.

Formada pelo curso Técnico de meio ambiente do Senai-RJ (www.firjan.org.br), Fernanda de Melo explica que, apesar da expansão do mercado de trabalho, muita gente ainda desconhece o perfil de um profissional dessa área. Especialista em análise de materiais que serão descartados pelas indústrias, Fernanda dá o parecer final do que pode e do que não pode ser jogado em rios, de acordo com a legislação vigente.

“Cuidamos, principalmente, do impacto que os resíduos descartados por indústrias e empresas de diversos segmentos vai gerar ao ecossistema. Nosso trabalho permite que os produtos que a população consome estejam de acordo com as normas nacionais e internacionais de qualidade ambiental”, explica.

Também nesta área, a Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec: www.faetec.rj.gov.br) oferece o curso de tecnólogo em Gestão Ambiental, com duração de dois anos e meio. As aulas são ministradas no Instituto Superior de Tecnologia de Paracambi e tem como pré-requisitos a conclusão do Ensino Médio.

A Associação Brasileira de Perícia e Gestão Ambiental (ABPGA), entidade sem fins lucrativos, oferece o curso Técnico em Meio Ambiente, com ênfase em Gestão e Educação Ambiental, voltado para estudantes que estão concluindo ou já concluíram o Ensino Médio. As aulas serão ministradas em Icaraí, no município de Niterói e em Vicente de Carvalho e Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio. Para mais informações, basta acessar o site www.abpgambiental.org ou pelos telefones 3603—4019 / 2722-8562.

O Senai-RJ disponibilizou um vídeo para que os interessados em carreiras voltadas para o meio ambiente possam conhecer um pouco mais sobre o perfil profissional da área.

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