terça-feira, 6 de julho de 2010

Recessão econômica: menos dióxido de carbono na atmosfera.

 
As emissões de gases estufa pelos países ricos caíram sete por cento em 2009 por causa da recessão, um número recorde. Desce de um lado, sobre do outro. China e Índia registaram aumentos acentuados.
Em termos gerais, isto quer dizer que as emissões permaneceram estáveis, pela primeira vez desde 1992. Os dados são da Agência Ambiental Holandesa, um dos grupos líderes em pesquisa científica da Europa, informa o «Estadão», que cita o «The Guardian».
Estes dados não significam que os países ricos tenham sido «absolvidos» da responsabilidade histórica. «Grande parte da capacidade de produção foi suspensa, mas isso pode ser retomado à medida que a economia for recuperando. A verdade é que a recessão económica mostrou que estes países podem alcançar as metas de redução mais facilmente», disse a porta-voz da agência, Anneke Oosterhuis.
Por outro lado, a recessão não afectou todos os países industrializados de maneira uniforme. A Rússia e o Japão reduziram o uso de energia ao máximo, mas os Estados Unidos - que é de longe o país que mais utiliza energia no mundo - reduziu as emissões em cerca de 500 milhões de toneladas em 2009. As emissões aumentaram no Irão, na Indonésia, no Brasil, na Arábia Saudita, na África do Sul e em Taiwan.
A pesquisa também mostra que as médias de emissões de CO2 por habitante da China e da Índia ainda estão bem abaixo das observadas nos países industrializados. As emissões são actualmente da ordem de 1,4 tonelada por pessoa na Índia e de seis toneladas na China, ao passo que chegam a dez toneladas na Holanda e a 17 nos Estados Unidos.
A notícia da redução é um alívio para os países ricos, que estão legalmente obrigados a reduzir as emissões em 5,2 por cento até 2012, com relação aos números de 1990. No momento, diz a agência, estão só 10 por cento abaixo dos níveis de 1990, muito aquém da meta estipulada pelo Protocolo de Kyoto.
Vale a pena pensar nisto. O estudo destaca o rápido crescimento das emissões globais nos últimos 40 anos. Hoje, as emissões estão 25 por cento mais altas do que no ano 2000, quase 40 por cento acima dos valores de 1990 e o dobro em relação à década de 70.

Fonte: http://diario.iol.pt/ambiente/ambiente-poluicao-ozono-dioxido-de-carbono-paises-tvi24--/1174825-4070.html

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