sábado, 23 de outubro de 2010

COP-10 não terá acordo, e isso já era previsto.

A falta de flexibilidade de alguns países emergentes foi criticada nesta sexta-feira na convenção da ONU sobre a biodiversidade realizada na cidade japonesa de Nagoia, informou a imprensa local.
A décima Conferência das Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-10) pretende culminar em um plano estratégico para proteger a biodiversidade até 2020 e um protocolo sobre os benefícios compartilhados pelo uso dos recursos genéticos.
“O cumprimento das metas para a preservação da biodiversidade está sendo utilizado (pelos países emergentes) como moeda de troca para obter concessões das nações desenvolvidas com relação aos recursos genéticos”, disse hoje um negociador japonês à agência de notícias Kyodo.
Os interesses dos países emergentes nas discussões se focam nos recursos genéticos de plantas e micro-organismos e o acesso equitativo aos benefícios derivados de seu uso.
Alguns países como o Brasil, que tem uma grande riqueza de recursos genéticos, muitos deles dentro do território amazônico, pediram que os objetivos de conservação e o protocolo sejam adotados conjuntamente na COP-10, onde participam representantes de 193 países.
Para o diretor de biodiversidade da ONG WWF, Günter Mitlacher, as conversas não progrediram porque as posições dos países emergentes são tão firmes que não é possível negociar, segundo a Kyodo.
Nas discussões sobre a biodiversidade, os defensores das propostas mais ambiciosas, como a União Europeia e a Noruega, propuseram tornar 15% dos oceanos áreas de proteção ambiental.
Em um dos subcomitês para fixar as metas posteriores a 2010, o Brasil criticou o plano europeu por considerá-lo exagerado, enquanto a China pediu que a área de proteção seja reduzida a 6% dos oceanos, devido a limitações no financiamento.
Os países emergentes declararam que, para alcançar os objetivos propostos pela União Europeia e pela Noruega, a ajuda financeira atual deveria ser multiplicada por cem.
Com informações da Folha.com
- Deixo aqui minha opnião, que acredito seja a de muitos leitores sobre o assunto: Não teremos nenhum acordo viável e ninguém na verdade está interessado em cumprir essas metas. O Brasil, assim como os demais países tem um interesse único: dinheiro. Fingem estar interessados na biodiversidade, mas na verdade estão interessados no poder econômico e político de uma situação que lhe convém.  Se o interesse fosse real, teria cumprido as metas (vide este post) que aliás o próprio governo fica apresentando nessas reuniões, com claro intuíto de aparecer bonito na mídia, mas nada cumpre. Está “interessado” na biodiversidade, na redução de poluentes, etc, mas aposta tudo no petróleo (leia-se pré-sal), e deixa de lado até mesmo o etanol. É ridícula a situação do Brasil.
COP-10, no Japão, pretende fechar encontro mundial com plano   estratégico para proteger biodiversidade até 2020
Everett Kennedy Brown/Efe

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