Rede vai inserir a capital e o sul do Estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). obra inicialmente prevista para 2011 e, agora, estimada para terminar apenas em 2012.
[ i ] Linha de transmissão ligará Manaus a Usina de Tucuruí, no Pará. Foto: Beto Barata/AE Linha de transmissão ligará Manaus a Usina de Tucuruí, no Pará.
Manaus - Com um ano e um mês de atraso, o consórcio Manaus Transmissora de Energia S/A conseguiu obter a licença prévia de instalação do Instituto do Meio Ambiente (Ibama). A empresa poderá construir os 586 quilômetros da linha de transmissão da usina de Tucuruí (PA) até Manaus, obra inicialmente prevista para 2011 e, agora, estimada para 2012.
O linhão de Tucuruí vai inserir parte do Amazonas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e reduzir a dependência pela geração de energia elétrica movida a óleo hoje subsidiada pelos consumidores de todo o País. Tucuruí é a maior hidroelétrica totalmente nacional e a segunda maior usina do País, com capacidade de 8,3 mil megawatts (MW).
Com a retirada de parte do subsídio, o consumidor local não terá redução na tarifa de energia, como já adiantou a Eletronorte. A construção da rede estimada em R$ 1,2 bilhão terá capacidade de 500 KV e contará com duas estações de 500 MW, uma em Manaus, e outra em Silves (a 204 quilômetros a leste de Manaus).
A Manaus Transmissora de Energia adquiriu o direito de explorar a rede ao vencer por R$ 101,6 milhões o leilão realizado em junho de 2008 promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em outubro daquele ano, o consórcio formado pela Abengoa, Eletronorte, o Fundo de Investimento Brasil Energia e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) assinou contrato de concessão com a agência. Foi acordado que as licenças ambientais e o licenciamento de instalação deveriam ser obtidos em até 15 meses. A autorização do Ibama só foi concedida na última quinta feira, após 28 meses.
O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente. Para o Ibama conceder a licença é necessária a participação da sociedade, com a realização de audiências públicas como parte do processo.
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