sexta-feira, 22 de maio de 2009

Avenida Independência vai revitalizar Parque Ambiente.

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Prolongamento da Avenida Independência vai beneficiar cerca de 600 mil pessoas na região metropolitana

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O desenho mostra que a nova Avenida Independência não cortará o Parque Ambiental de Belém, mas apenas tangenciará a área de preservação

Cláudio Santos/Ag Pa Clique na imagem para ampliar Ampliar imagem
Moradores do entorno do Parque Ambiental de Belém acompanham, na Câmara, a sessão especial para discutir prolongamento da Avenida Independência

O prolongamento da Avenida Independência, obra já prevista no Plano Diretor Urbano de Belém (PDU) e que vai beneficiar cerca de 600 mil pessoas na região metropolitana, melhorando o tráfego e as condições de acesso à capital, vai apenas tangenciar o Parque Ambiental de Belém e terá um impacto mínimo sobre os 43 hectares de área preservada - menos de 4 hectares serão afetados pelas obras. Em contrapartida, o projeto de prolongamento já aprovado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) democratizará o acesso a uma área verde equivalente a cinco Bosques Rodrigues Alves, com equipamentos públicos, muro de proteção, trilhas ecológicas e uma série de outras intervenções urbanísticas.

Essas informações foram fornecidas, ontem pela manhã, pelo coordenador do projeto Ação Metrópole, do Governo do Estado, o urbanista Paulo Ribeiro, durante sessão especial na Câmara de Belém para debater as obras.

A sessão foi acompanhada por moradores de áreas de invasão e dos conjuntos Bela Vista e Marex, localizados no entorno do Parque Ambiental e na área de abrangência do prolongamento da Avenida Independência.

Na apresentação, Paulo Ribeiro destacou a necessidade do projeto Ação Metrópole para melhorar as condições de tráfego e garantir a qualidade do acesso à capital. Ele lembrou que o Plano Diretor Urbano, aprovado pela Câmara, já prevê a extensão da Avenida Independência como corredor estrutural fundamental ao desenvolvimento e expansão urbana na região metropolitana. "Como vocês podem ver, essa ação está prevista em lei anteriormente aprovada por esta Casa", observou.

Ribeiro acentuou também que o projeto aprovado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente foi adaptado para reduzir o impacto sobre o Parque Ambiental de Belém. "O impacto ambiental será sobre cerca de 8% apenas do Parque, ou seja, menos de 4 hectares dos mais de 43 hectares totais do parque", informou.

Paulo Ribeiro disse que é impossível assegurar crescimento sustentável e ordenado à região metropolitana sem planejamento e um conjunto de ações estruturantes, entre as quais destacou o prolongamento da Avenida Independência.

Como exemplo, ele lembrou que as alternativas de acesso à capital para pessoas que vivem em áreas de Ananindeua e Marituba exigem em média cerca de cinco horas de tráfego até o centro de Belém, o que compromete o tempo para descanso e convívio familiar. "Se nada for feito, daqui a três ou quatro anos essas pessoas vão levar cerca de oito horas para ir e voltar ao trabalho, enquanto seus horários de trabalho permanecerão os mesmos. Ou seja, entram às 8h e voltam às 18h, com mais oito horas de deslocamento sobrará pouco mais de quatro horas para que possam dormir", disse Paulo Ribeiro.

Às ações de urbanização, gestão e integração metropolitana, o projeto do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Estado de Projetos Estratégicos (Sepe), somará uma contrapartida ao parque. "Ele será todo murado e serão construídos dois pórticos de entrada para visitantes, além de trilhas ecológicas, parques recreativos e uma ponte sobre o canal São João", disse Paulo Ribeiro. Será construído também um Centro de Formação de Agentes Ambientais em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). "Atualmente, pouca gente tem acesso ao Parque Ambiental, que não tem entrada ou sequer é murado", disse ele, ao lembrar que o prolongamento da Avenida Independência está listado entre as obras de infraestrutura necessárias para que Belém seja uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014.

"Nós moramos na favela, onde não há acesso de carro nem saneamento básico", disse a secretária Janete Araújo, 40 anos, que acompanhava a sessão, manifestando sua aprovação às obras. Maurício Magalhães, presidente da Associação Cultural Marex, ressalvou que os moradores não são contra a obra, mas querem que o meio ambiente seja preservado. "Queremos uma alternativa que não passe pelo parque", disse ele.

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