sábado, 23 de maio de 2009

Gerador caseiro levará energia a ribeirinhos da Amazônia



MANAUS - É impossível imaginar, em pleno século 21, pessoas que vivem sem energia elétrica. No interior do Amazonas, contudo, esta ainda é uma realidade para muitas comunidades ribeirinhas isoladas. Esse quadro pode estar próximo de chegar ao fim com a ajuda da energia solar.

Essa é a proposta do Eco Force, um gerador de eletricidade que capta sua potência energética a partir da energia solar, inovação tecnológica desenvolvida pela empresa Hitec Componentes da Amazônia Ltda., que comercializa a marca QLuz, com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

A empresa apresentou sua proposta ao Programa Amazonas de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Micro e Pequenas Empresas na Modalidade Subvenção Econômica (Pappe Subvenção - Finep Amazonas), mantido pela Fapeam e Finep, e recebeu R$ 130 mil para desenvolver o gerador.

O equipamento já está pronto para ser fabricado e comercializado e deve ser lançado em julho deste ano. Ele tem capacidade de captar luz do sol, armazená-la e gerar energia elétrica para uso doméstico de comunidades amazônicas isoladas, onde o consumo é reduzido.

- A ideia foi construir um aparelho genuinamente amazonense, que captasse luz solar e gerasse energia elétrica para uso em ambientes pequenos, onde aparelhos de TV, ventiladores, lâmpadas de porte pequeno e geladeiras, por exemplo, fossem os itens essenciais no consumo energético”, afirma o empresário e engenheiro elétrico Roberto Lavor, que criou e desenvolveu o Eco Force.

Segundo ele, a marca já está registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). “Estávamos com a missão de desenvolver um produto direcionado aos ribeirinhos e conseguimos executar a tarefa. O custo inicial do produto será de R$ 6 mil, mas o benefício é muito maior a longo prazo, avalia o engenheiro.

O tempo de vida útil da placa solar é de 23 anos, em média. A bateria tem de ser trocada somente a cada dois anos. E, após o produto ser adquirido, nenhum custo extra é solicitado. “É colocar no sol, e ter energia elétrica na residência”, indica o professor, que foi um dos desenvolvedores do produto.

- No interior do Amazonas, existe um déficit de 70% no fornecimento de luz elétrica. Ou seja, apenas 30% das pessoas dispõem de energia regular. A perspectiva é auxiliar na inclusão energética sustentável dessas pessoas, finaliza Lavor.

Outras informações sobre o Eco Force por meio do telefone: (92) 3654-7725.

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