quarta-feira, 27 de maio de 2009

Laboratório de Nanotecnologia começa pesquisa com plástico biodegradável

Por Editor em 27/05/2009 ::

A demanda social, econômica, legal e ambiental por materiais biodegradáveis vem aumentando de modo crescente, exigindo, do setor de pesquisa, alternativas para substituir, por exemplo, plásticos sintéticos por produtos que se degradem rapidamente e com maior facilidade. Este é um dos desafios do Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA), a ser inaugurado amanhã, 28 de maio, a partir das 10h30, na Embrapa Instrumentação Agropecuária, em São Carlos (SP).



A solenidade contará com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, da presidente em exercício da Embrapa, Tatiana de Abreu Sá, entre outras autoridades.

O Laboratório já iniciou pesquisa com polímeros (plásticos) biodegradáveis oriundos de fontes renováveis para aplicação no agronegócio brasileiro, uma área que apresenta enorme potencial de uso de filmes comestíveis para consumo final e para recobrimento de alimentos, tubetes biodegradáveis na formação de mudas, em filmes biodegradáveis para aplicação em campo aditivados com insumos agrícolas e formulações de polímeros biodegradáveis com fármacos veterinários.

O pesquisador José Manoel Marconcini adianta que já estão sendo realizados os testes de resistência mecânica com amostras de plásticos biodegradáveis contendo nanoestruturas de origem natural em sua formulação. "A pesquisa tem como proposta encontrar um plástico para ser usado em embalagens de todos os tipos, do pote de margarina a garrafa de refrigerante".

Em países desenvolvidos, o consumo per capita anual de plásticos em geral é da ordem de 60 kg ao ano. Nos Estados Unidos, 30% do volume total de lixo produzido diariamente é constituído de plásticos. Já na cidade de São Paulo, são produzidas 12 mil toneladas por dia de lixo, dos quais cerca de 10% constituem-se de material plástico.

De acordo com Marconcini, os polímeros biodegradáveis oferecem uma alternativa para os polímeros convencionais não biodegradáveis, em casos onde a reciclagem não é praticada ou não é viável economicamente. O pesquisador explica que os plásticos ou polímeros biodegradáveis constituem uma família de plásticos que se degradam sob a ação de organismos vivos e também por meio de reações abióticas tais como fotodegradação, oxidação e hidrólise, que podem alterar o polímero devido a fatores ambientais. Os microorganismos alimentam-se do plástico, liberando gás carbônico CO2 e água, como produtos finais.

FONTE

Embrapa Instrumentação Agropecuária
Joana Silva - Jornalista

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