sexta-feira, 26 de março de 2010

WWF coloca vinte municípios portugueses às escuras....


Pelo menos 20 municípios portugueses vão ficar às escuras no próximo sábado, juntando-se a milhares de cidades que em todo o mundo vão dar uma hora ao planeta para respirar, alertando para a urgência do combate às alterações climáticas.
Trata-se de uma iniciativa do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) que se repete pelo quarto ano consecutivo e pretende alertar consciências para a responsabilidade individual de cada um na adoção urgente de medidas de combate às alterações climáticas.
De acordo com Ângela Morgado, da WWF Portugal, a «Hora do Planeta» é uma ação simbólica, que encoraja cidadãos, Governos e comunidades a desligar as luzes durante uma hora, entre as 20:30 e as 21:30 de sábado.
Para este ano está prevista a participação de 107 países e só em Portugal já estão confirmadas 18 cidades, incluindo Lisboa, Porto e Faro, e duas vilas, entre as quais a de Sintra.
Todos estes municípios apresentaram uma lista de monumentos que serão «apagados», com o Porto, que participa este ano pela primeira vez na iniciativa, a tomar a dianteira com 57 monumentos. 

Entre os mais emblemáticos do país contam-se a Ponte 25 de Abril, o Mosteiro dos Jerónimos, o Padrão dos Descobrimentos, a estátua do Marquês de Pombal, o Cristo Rei e o Castelo de São Jorge, em Lisboa, a Sé, o mercado do Bolhão, e as pontes D. Luis e D. Maria, no Porto, o Largo da Sé e o arco e as muralhas da cidade de Faro, assim como o Convento de Cristo em Tomar.
Na noite de sábado haverá uma iniciativa simbólica em Belém, perto da fonte luminosa, onde estará um interruptor alto que se desligará às 20:30, assinalando o início do «apagão».
Por todo o mundo, os monumentos mais emblemáticos ficarão durante uma hora invisíveis, desde o edifício mais alto, no Dubai, ao Cristo Redentor, passando pela Ópera de Sidney.
Esta iniciativa começou em 2007, em Sidney, e o conceito que esteve na origem foi o de «dar uma hora para o planeta se regenerar», explicou. 
Na altura aderiram 2,2 milhões de pessoas, o que representou um decréscimo de 10 por cento no consumo de energia, disse Ângela Morgado.
A partir de então passou a repetir-se sempre no último sábado de Março.
Em 2008 aderiram mais de 300 cidades, e no ano seguinte atingiram-se as 4000 cidades, com centenas de monumentos e 1,2 mil milhões de cidadãos.
«A WWF adotou esta iniciativa como a mais simbólica. Todos somos responsáveis, todos podemos fazer o combate. É uma responsabilidade individual», alertou.
Em Portugal dificilmente será possível fazer a medição do número de casas a desligar o interruptor e da quantidade de energia poupada nessa hora.
Segundo o diretor e coordenador da Rede Eléctrica Nacional (REN), Artur Lourenço, «é difícil arranjar esses dados, porque a REN não domina o cliente final», além de que a receção da energia proveniente das renováveis introduz algum grau de incerteza. 
Artur Lourenço admite no entanto que existe algum risco de o apagão perturbar a segurança da rede.
Por isso mesmo, a REN toma medidas e está particularmente atenta nessa hora para «dar instruções de gerador e mexer na rede» se for necessário, para reequilibrar a produção e o consumo.
O ideal, considera, seria que as pessoas não apagassem as luzes todas ao mesmo tempo. Contudo reconhece que esta é «uma ação simpática para as pessoas se consciencializarem».
Diário Digital / Lusa

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