quarta-feira, 28 de abril de 2010

Madeira ilegal deixa de entrar em várias localidades brasileiras pela adoção do programa "Cidade Amiga da Amazônia"

Cidades protetoras de florestas

Madeira que vira móvel, forros, pisos, esquadrias e até residências inteiras. Ainda assim, muita gente não nota a floresta silenciada que guarda em casa. Raramente as pessoas se perguntam de onde veio a madeira da espreguiçadeira que usam na varanda ou no banco do jardim. Se vier de madeira certificada, ótimo. Mas se não, é preciso dizer: quem compra e usa está sendo conivente com o comércio ilegal. Infelizmente o apelo da abundância e do preço baixo é forte, afinal, quem não segue a lei não paga impostos, remunera mal os empregados e comumente invade áreas públicas ou protegidas (ação promovida por grileiros e madeireiros mal-intencionados para conseguir matéria-prima; a Amazônia que o diga).
Mas essa história está mudando. Durante cinco anos, prefeituras e governos trabalharam com o Greenpeace para criar uma legislação municipal e eliminar a madeira de origem ilegal e de desmatamentos criminosos de todas as compras municipais. Foi o primeiro passo, até porque a administração pública responde por um terço desse mercado no Brasil. E olha que madeira certificada, de manejo sustentável, demanda conhecimento técnico, documentação regular e responsabilidade social.
Hoje os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Acre já aderiram ao “Cidade Amiga da Amazônia”. Além de 32 municípios, a lista inclui as capitais Fortaleza (CE), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Só para citar dois exemplos, a cidade de Americana, no interior paulista, há três anos incluiu como critério de compra nas licitações municipais a madeira de origem legal. São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, também construiu a primeira obra pública realizada totalmente com madeira certificada pelo FSC, que segue parâmetros sociais e ambientais.
Atualmente o programa “Cidade Amiga da Amazônia” está sob a tutela da Fundação Getúlio Vargas, que ampliou sua atuação e abrangência. No site da Rede Amigos da Amazônia (www.raa.org.br) já é possível conferir se sua cidade aparece na lista de lugares que protegem a floresta.

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