sábado, 24 de abril de 2010

Votorantim lança programa que elimina o uso de carrinhos na coleta

Reciclagem humanizada

Carla de CamposAgência BOM DIA

A coleta seletiva em Votorantim ganha novo incentivo com a implantação de um programa que acaba com o uso dos carrinhos puxados pelos catadores.

Pesado e desconfortável, o carrinho é substituído por caminhões cedidos pela prefeitura. Além de aliviar o esforço físico, o programa municipal, lançado quinta-feira pela manhã, tem por objetivo  ampliar a arrecadação mensal de 40  para 160 toneladas até o fim deste ano.
“Esperamos chegar a 55 coletores até o final do ano para dar conta do trabalho”, explica o secretário de Cidadania, João Soares Queiróz.
Há 15 dias o sistema está operando de forma experimental e os resultados já são bastante atraentes.
Segundo o presidente da Coopervot (Cooperativa dos Catadores de Material Reciclável de Votorantim), Adriano Monteiro, no novo sistema foram coletados 7,5 toneladas de materiais em apenas 15 dias.

“Estamos animados e a coleta tem melhorado muito na cidade”, afirma, apontando que a topografia  da cidade, cheia de altos e baixos,  dificulta o uso dos carrinhos.
Moradores ganham embalagemPapel, metal, plástico, vidro, óleo de cozinha: tudo pode ser coletado pela cooperativa. Dentro do novo programa, os moradores de Votorantim estão sendo orientados a separar os materiais e aguardar que o caminhão passe nas casas.
Cada residência recebe um saco de cem litros para acondicionar os produtos.
O bom retorno dos moradores, aliado à retomada de crescimento do mercado de recicláveis, anima a catadora Marlene Barros Dias, 40 anos.
Depois de quatro anos trabalhando com coleta seletiva, ela avalia os bons resultados. “O que ganho aqui ajuda bem em casa”, diz, contando que já foi  a responsável pelo sustento da casa e dos seis filhos. Hoje a renda mensal como catadora gira em torno de R$ 700.  
A catadora Marilda machado, 53 anos, já trabalhou com carrinho e sabe o quanto é difícil. “Nas subidas é muito complicado. É pesado, dói”, lembra.
Há dois anos na reciclagem, ela conta que sempre  orienta os moradores sobre a importância da reciclagem. “Explico o que é coleta seletiva e o que pode ser separado para que a gente vá lá e retire”, diz.


Reciclagem humanizada
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