País tem 38 escritórios de fiscalização, mas só um tem bote operando.
Mais de 40% das emissões do país são decorrentes de desmatamento.
Mais de 40% das emissões do país são decorrentes de desmatamento.
Para elaborar o boletim, a Defensoria Pública supervisionou dados do Ministério da Agricultura, do Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado, do Organismo de Supervisão dos Recursos Florestais e de Fauna Silvestre e mais oito governos regionais localizados na Amazônia peruana, que fazem fronteira com os estados do Acre e do Amazonas, no Brasil.
Segundo a defensora pública peruana Beatriz Merino, a perda de mata selvagem representa mais de 42% do total de emissões de gases causadores do efeito estufa no país, que contribuem para o aquecimento global.
Merino também diz que a preservação da Amazônia no país é importante porque a floresta garante o sustento de comunidades tradicionais, uma das razões pela qual a instituição pede prioridade para a aprovação da Lei Florestal e de Fauna Silvestre.
Um dos maiores problemas para conter o avanço do desmatamento na selva peruana é a fragilidade da fiscalização ambiental, que facilita a ação de madeireiros clandestinos, por exemplo. Segundo o boletim, o país conta com 38 escritórios de supervisão para o monitoramento das florestas. Cada um possui, em média, três funcionários. Mas apenas três centros contam com caminhões em bom estado e só um escritório tem bote em condições de ser utilizado.
Outro fator de preocupação para dezenas de comunidades ribeirinhas é o avanço da indústria petrolífera, que dividiu a floresta em lotes. Em maio deste ano, o governo do país anunciou a abertura de processos de licitação para a exploração do óleo em mais 10 milhões de hectares em campos na Amazônia. Em junho, após ter sofrido um acidente, um barco derramou 63 mil litros de óleo em rio da Amazônia peruana, prejudicando o consumo de água dos rios.
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